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Economia
Segunda - 23 de Maio de 2005 às 17:20
Por: João Caminoto e Denise Crispim

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Seul - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse hoje que o governo já está colhendo os primeiros efeitos positivos da MP do Bem junto aos investidores estrangeiros. Segundo ele, a medida "aumentou consideravelmente" a possibilidade da empresa sul-coreana Posco fechar uma parceria com a Companhia Vale do Rio Doce para a construção de uma usina siderúrgica no Maranhão. O Brasil disputa com a Índia para atrair o investimento do grupo-sul coreano, que nos últimos tempos vinha sinalizando que escolheria o país asiático. A MP do Bem prevê a redução dos encargos tributários, principalmente para os investimentos focados na indústria voltada à exportação.

"Parece que a Posco está tendo problemas nas negociações com a Índia", disse Furlan, logo após desembarcar em Seul. "Decidimos apresentar a MP do Bem na semana passada justamente para que a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Coréia do Sul e Japão apresentasse essa nova perspectiva promissora para os investidores desses países."

Representantes do governo brasileiro, Vale e Posco se reuniram hoje na capital sul-coreana para dar os últimos retoques no acordo que deverá ser anunciado nesta quarta-feira que prevê a realização de um estudo de viabilidade da siderúrgica no Maranhão. "Foi uma reunião positiva e os sul-coreanos demonstraram um renovado interesse pelo assunto", disse Furlan.

Furlan evitou prever quando haverá uma decisão final sobre o projeto. Se confirmado, a usina deverá conter três complexos siderúrgicos, com investimentos próximos dos US$ 3 bilhões. O ministro confirmou também a Vale e a empresa sul-coreana Dongkuk Stell Mill vão assinar um acordo para a produção de placas de aço no Ceará.

O ministro prevê que visita do presidente Lula aos dois países asiáticos deverá gerar resultados concretos positivos para o País. "O grau de interesse dos sul-coreanos e japoneses pelo Brasil é cada vez mais relevante e teremos provas disso nos próximos dias, durante a visita do presidente", disse Furlan.





Fonte: Agência Estado

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