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Internacional
Domingo - 22 de Maio de 2005 às 15:06

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Uma proposta dos EUA para que a OEA crie um comitê especial que supervisione a qualidade democrática dos países do continente americano enfrenta uma forte oposição na organização, pois é considerada um plano velado contra a Venezuela, segundo o jornal The New York Times.

Washington está fazendo um esforço para tentar convencer os demais países da Organização dos Estados Americanos (OEA) para que este plano não seja visto como uma arma contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez, segundo o jornal.

O secretário de Estado adjunto para Assuntos Interamericanos, Roger Noriega, afirmou em declarações ao jornal que não está surpreso com a recepção da idéia, mas que está "decidido a fazer com que a proposta não seja considerada uma iniciativa para isolar a Venezuela".

O jornal publica as reações de vários embaixadores perante a OEA, como os do México e da Argentina, que manifestam seu ceticismo a que o plano siga adiante.

O objetivo americano é que a proposta seja submetida à votação na próxima Assembléia Geral da OEA, que será realizada em Fort Lauderdale (EUA), de 5 a 7 de junho.

A iniciativa americana surgiu depois que o próximo secretário-geral da organização, o chileno José Miguel Insulza - que assume o cargo no próximo dia 26 -, fez uma declaração neste sentido no final de abril, durante a conferência internacional de Santiago do Chile.

Na ocasião, Insulza disse que os governos escolhidos democraticamente e que não mantenham padrões democráticos deveriam assumir sua responsabilidade perante a OEA, lembra o jornal.

"Insulza aceitou sem dúvida nosso pedido para que fizesse uma declaração pública referente à ameaça de Chávez", afirmou Noriega, em mensagem interna enviada ao alto escalão do Departamento de Estado na sua volta do encontro de Santiago do Chile, acrescenta o jornal.

Noriega, em sua entrevista ao Times, lembra que atualmente "não há um mecanismo formal" na OEA para enfrentar o problema de governos escolhidos de forma democrática que se desviam dos princípios democráticos.

Fontes do Departamento de Estado afirmaram que Washington consultou vários países latino-americanos, entre eles a Argentina e o Chile, antes de apresentar sua proposta, algo que os embaixadores dos dois países negaram perante a OEA.

A proposta de Washington estabelece que o novo comitê realiza audiências com organizações cívicas - sindicatos, ONGs - que tenham queixas sobre o rumo democrático de seus governos.




Fonte: Agência EFE

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