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Dona de casa relembra invasão
A primeira casa de alvenaria erguida no bairro Renascer é da dona de casa Maria Luísa Ferreira, 48, casada pela segunda vez com um pedreiro, mãe de dois filhos.
Ela conta nunca ter pensado em participar de uma ocupação urbana, mas diante das dificuldades de sobrevivência decidiu que era hora de escapar do aluguel.
"Parecia uma boiada entrando na área", lembra.
Do Tijucal, onde morava com a família, levou a tradicional lona preta, montou uma barraca e, para garantir um "lote", dormiu por cinco meses em meio ao mato e à escuridão, onde hoje é o Renascer.
"Dei comidinha aos mosquitos", brinca, se referindo aos milhares de pernilongos que a picavam à noite.
Oito anos depois desta epopéia, Maria Luísa vive em uma das melhores casas do bairro, que garante ter sido construída com o suor do marido pedreiro, "juntando cada centavo".
Ainda assim, ela não tem a segurança de ser proprietária. "Por favor, acho que já tenho direito", apela.
O mesmo sonho é embalado pela dona de casa Enedina Rodrigues de Carvalho, 50. Ela mora com a filha, portadora de necessidade especial, e com dois netos. "Vivemos da aposentadoria dela e já não dava mais para pagar aluguel no Pedregal, onde a gente morava. Além disso, perdemos tudo na última enchente. Apesar do nosso nome estar na lista da prefeitura, não ganhamos casa", lembra-se.
Por meio da igreja, ela faz aumentar a renda mensal de R$ 260. "Eles me ajudam muito", agradece. A casa, de um cômodo, ela está ampliando. "Mas quero que seja minha". (KW)
Ela conta nunca ter pensado em participar de uma ocupação urbana, mas diante das dificuldades de sobrevivência decidiu que era hora de escapar do aluguel.
"Parecia uma boiada entrando na área", lembra.
Do Tijucal, onde morava com a família, levou a tradicional lona preta, montou uma barraca e, para garantir um "lote", dormiu por cinco meses em meio ao mato e à escuridão, onde hoje é o Renascer.
"Dei comidinha aos mosquitos", brinca, se referindo aos milhares de pernilongos que a picavam à noite.
Oito anos depois desta epopéia, Maria Luísa vive em uma das melhores casas do bairro, que garante ter sido construída com o suor do marido pedreiro, "juntando cada centavo".
Ainda assim, ela não tem a segurança de ser proprietária. "Por favor, acho que já tenho direito", apela.
O mesmo sonho é embalado pela dona de casa Enedina Rodrigues de Carvalho, 50. Ela mora com a filha, portadora de necessidade especial, e com dois netos. "Vivemos da aposentadoria dela e já não dava mais para pagar aluguel no Pedregal, onde a gente morava. Além disso, perdemos tudo na última enchente. Apesar do nosso nome estar na lista da prefeitura, não ganhamos casa", lembra-se.
Por meio da igreja, ela faz aumentar a renda mensal de R$ 260. "Eles me ajudam muito", agradece. A casa, de um cômodo, ela está ampliando. "Mas quero que seja minha". (KW)
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/338438/visualizar/
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