Pelo menos 13 grandes fazendas já foram percorridas por operação de desintrusão em Marãiwatsédé
Pelo menos 13 fazendas localizadas na demarcação indígena xavante Marãiwatsédé já foram percorridas por oficiais de justiça, policiais federais e agentes da Força Nacional de Segurança (FNS). A maioria, de acordo com a Funai, já está desocupada e com áreas prontas para ser em devolvidas aos índios.
Apesar do confronto que inaugurou a operação de desintrusão, na segunda-feira (14), a polícia tem conseguido desenrolar a ação sem maiores problemas. Os líderes da resistência no local circulam pela área tentando encontrar oficiais para impedir a desintrusão, mas nenhuma tentativa teve êxito até então.
As famílias de pequenos produtores e pessoas carentes terão, de acordo com o governo federal, terras garantidas para assentamento. A coordenação da operação afirma, por meio da Funai, que trinta lotes destinados a assentamento das famílias que atendem aos critérios e normativas do programa de reforma agrária estão disponíveis para ocupação imediata.
Um balanço mais criterioso da operação será divulgado na próxima segunda-feira (17), data em que a operação completa sua primeira semana. A desintrusão tem sido conduzida por uma força-tarefa, constituída por representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República, Incra, Funai, Ibama, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e Exército.
Problemas com a Justiça trabalhista
Além de perder as terras, os fazendeiros também correm o risco de enfrentar problemas na Justiça do trabalho. Uma equipe do Ministério do Trabalho está na região fiscalizando e orientando os empregados das fazendas a respeito de seus direitos trabalhistas. As informações foram divulgadas pela Funai.
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