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Maior jornal da Itália entra em greve contra investidor
Os jornalistas do Corriere della Sera entraram em greve neste sábado para proteger a independência do maior jornal italiano. O investidor Stefano Ricucci tem comprado agressivamente ações da controladora do jornal, sem revelar os motivos.
O comitê de redação do Corriere, em editorial, criticou "a crescente ameaça vinda de fora" e a própria diretoria do jornal por sua administração "obtusa e burocrática", que não tem provido o trabalho e o dinheiro que o jornal necessita.
Ricucci, um incorporador imobiliário, tem comprado ações da RCS Mediagroup há semanas, elevando a cotação dos papéis em cerca de um terço.
Atualmente ele possui 13,5 por cento de participação na controladora do Corriere e, neste sábado, disse que vai comprar mais se possível. Um dos aliados de Ricucci, Danilo Coppola, informou que também está interessado em adquirir ações da RCS.
As razões do interesse de Ricucci pelas ações do jornal mais influente da Itália não são claras. Alguns jornais e políticos disseram temer que ele esteja ligado ao primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, dono de um império de mídia que domina o país.
"O aumento de participação de Ricucci, sem qualquer transparência, é preocupante", afirma o editorial do Corriere, acrescentando que o jornal não será publicado no domingo.
Ricucci fez pouco caso do protesto e disse: "Desculpe, mas o que eu posso fazer a respeito?"
"Por que você faz seu trabalho? Porque você gosta dele. Bom, eu gosto de procurar coisas para investir", disse ele em um evento em Roma.
Ricucci, um incorporador imobiliário, tem comprado ações da RCS Mediagroup há semanas, elevando a cotação dos papéis em cerca de um terço.
Atualmente ele possui 13,5 por cento de participação na controladora do Corriere e, neste sábado, disse que vai comprar mais se possível. Um dos aliados de Ricucci, Danilo Coppola, informou que também está interessado em adquirir ações da RCS.
As razões do interesse de Ricucci pelas ações do jornal mais influente da Itália não são claras. Alguns jornais e políticos disseram temer que ele esteja ligado ao primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, dono de um império de mídia que domina o país.
"O aumento de participação de Ricucci, sem qualquer transparência, é preocupante", afirma o editorial do Corriere, acrescentando que o jornal não será publicado no domingo.
Ricucci fez pouco caso do protesto e disse: "Desculpe, mas o que eu posso fazer a respeito?"
"Por que você faz seu trabalho? Porque você gosta dele. Bom, eu gosto de procurar coisas para investir", disse ele em um evento em Roma.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/338548/visualizar/
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