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Esportes
Sábado - 21 de Maio de 2005 às 12:04

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A Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) já começou a tirar do papel a criação da Liga Feminina. A entidade quer repetir entre as mulheres o sucesso que o esporte tem na modalidade masculina, em que a Seleção Brasileira é pentacampeã mundial e modelo para todo o planeta.

Com a ampliação do esporte dentro de quadra, as atletas do campo ganham ainda mais espaço para trabalhar, já que o sonho de uma evolução depois da medalha de prata conquistada na Olimpíada de Atenas-2004 ainda está longe de ser realizado.

"No salão tem um calendário anual. Não é uma coisa que tem num ano e no outro não. Temos quatro ou cinco boas competições. É bem diferente da situação do campo. Até hoje eu vivo do futebol de salão", disse Juliana Cabral, zagueira e capitã da Seleção Brasileira de campo comandada pelo técnico René Simões em Atenas.

Das 18 atletas que participaram dos Jogos da Grécia, quase a metade jogava futsal para ganhar algum dinheiro e manter a forma, enquanto três delas nem clube tinham no momento da convocação. Mas agora, com uma competição feminina mais longa e organizada (duração de três meses, a ser iniciada em agosto deste ano), existe a possibilidade de o salão deixar de ser uma modalidade tampão para as meninas da geração de prata.

Esportes olímpico

A cartada final para fazer o futsal virar o esporte definitivo de muitas atletas que ainda sonham em brilhar nos gramados seria a entrada no quadro das Olimpíadas. Juliana Cabral, acostumada a flutuar entre as quadras e os campos, se empolga com a possibilidade de disputar grandes competições no salão.

"A prioridade hoje é o campo, até porque é o esporte que disputa o Pan-Americano e a Olimpíada", disse a atleta, que não pensou duas vezes quando perguntada se jogaria na Seleção de futsal se o esporte também se tornasse olímpico. "Com certeza eu optaria pelo desafio no futsal. No campo já joguei duas Olimpíadas e dois Mundiais."

A conquista do espaço dentro do seleto grupo de esportes olímpicos é outro objetivo da criação da Liga Feminina. O Brasil já é embaixador do esporte no masculino em todo o mundo e quer agora se juntar a Espanha e Itália, países que têm fortes competições femininas no futsal.

"Temos um cuidado especial com o feminino, pois o COI (Comitê Olímpico Internacional) sempre frisa que é preciso uma participação igual do masculino e feminino. Traremos no início de novembro a Espanha para fazer três exibições no Brasil", contou o presidente da CBFS, Aécio de Borba Vasconcelos.

Para a técnica da Seleção Brasileira feminina, Maria Cristina de Oliveira, restam apenas alguns detalhes e em pouco tempo o futsal será disputado de quatro em quatro anos na maior reunião de esportes do planeta. "O futsal feminino só não é divulgado. A pratica é grande. Estou há 23 anos no futsal e vi como era e como está hoje. As modalidades se equiparam. Falta pouco para virar olímpico", disse.





Fonte: Terra

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