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Sábado - 21 de Maio de 2005 às 07:49
Por: Patrícia Neves

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A Polícia Civil e os agentes prisionais de Mato Grosso decidiram dar "trégua" ao governo estadual e estipularam o prazo de 15 dias úteis para que negociações junto à categoria sejam realizadas. Os cerca de 2,2 mil homens que trabalham na área cobram aumento salarial e ainda adicional por serviço noturno. Caso não entrem em acordo, nova assembléia será marcada e uma greve pode ser deflagrada. A decisão sobre o prazo foi tomada em assembléia realizada na tarde de ontem na sede do Sindicato dos Agentes Policiais Civis (Siagespoc), na avenida do CPA. Pelo menos 120 pessoas compareceram à assembléia.

A decisão foi tomada em protesto contra o recomposição salarial de 6.13% que será incorporada aos salários, já a partir de maio. Para um agente policial em início de carreira que recebe cerca de R$ 1,2 mil o acréscimo representa R$ 73,56. Junto com a reposição salarial o funcionalismo público recebeu também um aumento na contribuição do Ipemat, que passou de 8% para 11%.

Pelo cálculo do Sindicato, as perdas salariais referentes ao ano de 2004, são de 20%. A mensagem do governo prevendo o aumento foi aprovada na última quinta-feira (18) em segunda votação pela Assembléia Legislativa.

A recomposição vale para todos os servidores estaduais civis, militares, ativos, inativos - aposentados e pensionistas - e temporários. O valor causou protestos também dos trabalhadores da educação, que paralisaram os serviços há três semanas reivindicando o mesmo percentual do Siagespoc.

De acordo com a Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), o índice, proposto pelo Governo do Estado tem base no total da inflação de 2004 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Caso decidam pela greve, apenas 30% dos policiais e agentes prisionais irão trabalhar, o que pode significar motins e rebeliões, já que visitas podem ser suspensas por causa daausência do efetivo de agentes prisionais.




Fonte: A Gazeta

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