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Internacional
Sábado - 21 de Maio de 2005 às 07:21

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O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, defendeu o envio de mais tropas ao Haiti e a extensão da missão da entidade no país por um ano. Atualmente a força liderada pelo general brasileiro Augusto Heleno Ribeiro conta com 6,7 mil tropas e Annan quer que esse número chegue a 7,5 mil.

Num relatório ao Conselho de Segurança, Annan propõe aumentar o componente militar da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah, na sigla em inglês), cujo mandato expira no dia 1º de junho.

No relatório, o secretário da ONU diz que o progresso feito nos 15 meses desde a destituição do ex-presidente Jean-Betrand Aristide "permanece frágil". "Desafios importantes vêm pela frente à medida que a transição entra numa fase crucial", afirma Annan.

Ajuda estrangeira

O secretário também fez um apelo a doadores internacionais que prometeram ajudar o Haiti no desarmamento de grupos armados e na estruturação de uma sociedade civil a acelerar as doações de recursos. Annan cobrou do governo interino que assegure ampla participação da população no diálogo nacional e nas eleições previstas para novembro.

O trabalho da ONU no Haiti já foi criticado por organizações humanitárias, que apontam a lentidão no desarmamento de milícias atuantes no país. Também são feitas críticas ao governo interino. A própria ONU já pediu explicações sobre a demora no julgamento de ex-integrantes do governo Aristide, muitos dos quais estão presos.

Enquanto isso ganham força os partidários do ex-presidente. Na quarta-feira, milhares de pessoas participaram de uma passeata pelas ruas da capital, Porto Príncipe, para pedir a volta de Aristide ao país. Ele está exilado na África do Sul. Aristide deixou o Haiti em fevereiro de 2004, em meio a violentos protestos contra o seu governo.




Fonte: BBC Brasil

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