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Internacional
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 20:33

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O presidente do Uzbequistão, Islam Karimov, rejeitou a realização de uma investigação independente da ONU sobre a violação de direitos humanos na violenta crise no leste do país, informou nesta sexta-feira o organismo.

O porta-voz da ONU, Stephan Dujarric, disse que o secretário-geral Kofi Annan falou por telefone com o presidente uzbeque e que este não recebeu positivamente a proposta de uma investigação.

"Na conversa, Karimov disse que uma investigação independente internacional não era necessária neste momento", afirmou Dujarric.

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Louise Arbour, pediu que as autoridades do Uzbequistão permitam a investigação da morte de civis na semana passada por parte das forças de segurança.

Arbour, no entanto, declarou que as perspectivas para uma investigação internacional "não parecem muito promissoras".

"Espero que seja possível persuadir o presidente do Uzbequistão que é do interesse de seu povo e da comunidade internacional que ele permita um processo crível e transparente", declarou.

Por sua parte, o relator da ONU sobre as execuções extrajudiciais, Philip Alston, também pediu que o governo uzbeque lhe permita visitar o país imediatamente para avaliar a situação.

Alston, professor de direito na Universidade de Nova York, expressou sua preocupação com as informações segundo as quais "centenas de pessoas, inclusive mulheres e crianças, foram assassinadas quando as tropas dispararam indiscriminadamente para dispersar os manifestantes".

Os números oficiais são de 170 mortos, mas as organizações de direitos humanos denunciaram que o número de civis falecidos durante as revoltas da semana passada nas cidades de Andijan e Pajta-abad pode chegar a mil.





Fonte: EFE

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