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Polícia Brasil
Sábado - 15 de Dezembro de 2012 às 16:18

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Guilherme Pulita / Agencia RBS
Um grupo criminosos atacou uma agência bancária no centro de Antônio Prado, na serra gaúcha, na madrugada deste sábado. Durante a ação, os quatro ou cinco criminosos trocaram tiros durante cerca de 40 minutos com agentes do Pelotão de Operações Especiais (POE) da Serra, na cidade de cerca de 12 mil habitantes.

Armados com fuzis e escopeta, os bandidos explodiram dois terminais de autoatendimento e teriam levado uma quantia de dinheiro ainda não informada. Ao fugir, duas pessoas foram feitas reféns, segundo o delegado Juliano Ferreira, titular da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).


 
Carro em que bandidos fugiram com as vítimas foi abandonado e deve ser periciado pela polícia. Foto: Guilherme Pulita



Após percorrerem cerca de 30 quilômetros e chegarem ao município de Vilas Flores, trocaram tiros com a Brigada Militar. Lá, abandonaram o Mégane em que estavam e as duas vítimas. O veículo, que havia sido roubado em Caxias do Sul, foi encontrado pouco antes das 6h, está apreendido e será periciado.

Segundo o delegado do Deic, esta é quadrilha do foragido número 1 do Estado, Elisandro Rodrigo Falcão, 31 anos, que liderou o bando responsável por ataques a bancos com uso de explosivos no Estado, principalmente na região serrana. . Juliano Ferreira descarta a possibilidade de que este bando pertença à mesma quadrilha que, na tarde de sexta-feira, invadiu o Banco do Brasil em Nova Pádua, roubou dinheiro da agência e obrigou clientes e funcionários a formarem um escudo humano na fuga.

— Não é o mesmo grupo porque foi outro tipo de ação e armamento — resume Juliano Ferreira.

A polícia faz buscas na região.


Ataque em Nova Pádua

Com pouco mais de 2,5 mil habitantes, o município foi o segundo alvo na Serra desde 1º de novembro, quando o Banco do Brasil de Fagundes Varela foi atacado por bandidos que adotaram a mesma estratégia usada com frequência entre 2007 e 2009.

Encapuzados, vestidos com coletes à prova de balas e portando armas longas (como fuzil), quatro assaltantes chegaram à cidade em um i30 preto, placas IQJ-2779, roubado em Caxias do Sul na quarta-feira.

Sem disparar um tiro, estacionaram o carro em frente à agência. Com uma marretada na parede de vidro da agência, abriram um buraco e entraram no local. Para sair, quatro funcionários do banco e outros cinco clientes serviram de escudo humano — em fila indiana, com as mãos levantadas, trancando a rua para que os bandidos fugissem.

 
Bando entrou no banco por um buraco feito na lateral de vidro. Foto: Porthus Junior



Após o assalto, os bandidos entraram no veículo e fugiram pela VRS-314, uma estrada vicinal que liga o município a Flores da Cunha. Houve uma troca de tiros entre os ladrões e policiais militares. Um PM feriu-se na mão, mas passa bem.

Perdidos na cidade, os ladrões acabaram furando os pneus ao passarem sobre miguelitos (pregos retorcidos usados para furar pneus) que haviam deixado no caminho. O i30 foi abandonado em uma via da localidade Linha 40, interior de Flores da Cunha.





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