Mauro Silva espera poder atuar em sua despedida

O volante Mauro Silva disse que espera jogar pelo menos "meio minuto" no próximo domingo contra o Mallorca, para se despedir da torcida do Deportivo La Coruña, em sua última partida no estádio Riazor, após 13 anos no clube.

O tetracampeão mundial pela seleção brasileira, que prometeu encerrar sua carreira ao fim desta temporada, está tentando se recuperar de uma ruptura muscular.

"Fiz minha recuperação pensando nessa partida e gostaria de jogar pelo menos meio minuto para agradecer o carinho da torcida, mas não sou eu quem toma a decisão. É o treinador (Javier Irureta) que decidirá e eu aceito, mas minha vontade é jogar um pouco", disse.

Mauro Silva agradeceu às demonstrações de apoio recebidas por ele e pelo capitão Fran, que também está se aposentando do futebol.

"Estamos emocionados com as demonstrações de carinho que recebemos de instituições, torcedores e meios de comunicação", disse o jogador, que é um dos mais respeitados pela torcida do Deportivo.

Silva se disse emocionado também com a intenção da prefeitura de La Coruña de dar seu nome a uma rua da cidade.

"Essa distinção foi importantíssima. Eu achava normal que o Fran virasse nome de rua, mas para mim foi algo muito especial. Minha ligação com esta cidade é mais importante, La Coruña sempre estará relacionada comigo e onde quer que eu viva passarei vários dias por ano aqui", comentou o meia.

O brasileiro lembrou do ano de 2001, quando quase deixou o Deportivo para voltar ao Brasil por motivos pessoais, e disse que teria se arrependido se não tivesse ficado no clube espanhol.

"Quando fui para o Brasil e voltei, recebi o carinho da torcida no aeroporto. Isso ficou marcado e foi um dos motivos para continuar em La Coruña porque tinha ofertas, mas também sabia que jamais poderia vestir outra camisa no futebol espanhol que não fosse a do Deportivo", declarou.

O jogador chegou a se emocionar e ficou com a voz embargada.

"Sou muito tranqüilo, mas estou um pouco mais emocionado agora, com a proximidade da partida. Você vê na sua frente tanta gente com quem conviveu tantos anos que cada rosto é uma lembrança e não digo adeus, mas 'até logo' ou 'até mais ver'", concluiu Mauro.