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Internacional
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 19:33

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Islamabad - Os chamados "crimes de honra" cometidos em 2004 mataram mais de 500 mulheres no Paquistão, num costume que a organização Oxfam quer erradicar com uma campanha de conscientização social em uma das áreas mais violentas do país. A iniciativa da ONG pretende frear a prática na província ocidental de Baluquistão, área tribal que é uma das mais conservadoras do país e onde a ameaça contra as mulheres aumentou significativamente.

"Cada vez há mais mulheres violentadas e assassinadas por parentes próximos por motivos pessoais, sexuais e econômicos, mas na maioria dos casos nem sequer se denuncia o caso", afirmou Arif Mehmood, diretor do programa da ONG Oxfam. Com a campanha, que terá uma duração de seis anos, a ONG quer envolver ativistas políticos, antigos líderes tribais e líderes religiosos para conseguir que a prática ilegal não encontre mais aceitação social.

"Mulheres de todas as idades estão sendo assassinadas para regular disputas, adquirir terra ou pagar dívidas, mas a questão da ´honra´ está sendo utilizada como uma desculpa para legitimar estes crimes", acrescentou.

Segundo as tradições islâmicas vigentes no Paquistão, uma mulher pode "desonrar" sua família por ter um amigo homem, casar-se com um homem não escolhido por seus parentes ou tentar se divorciar. É também motivo de "desonra" que uma mulher não ofereça um dote "adequado", mantenha uma relação extramatrimonial, procure trabalho fora do lar, saia de casa sem a permissão de um homem ou simplesmente fale com um homem.





Fonte: EFE

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