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Internacional
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 18:40

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A primeira dama dos Estados Unidos, Laura Bush, iniciou hoje sua viagem pelo Oriente Médio reconhecendo que a imagem dos Estados Unidos no mundo muçulmano está bastante prejudicada devido ao escândalo de abuso de prisioneiros e a uma reportagem da revista Newsweek sobre interrogadores norte-americanos que profanaram o Alcorão.

Laura Bush afirmou que esperava que a missão de cinco dias na Jordânia, em Israel, na Cisjordânia e no Egito, na qual ela irá ressaltar a importância de dar mais liberdade política às mulheres, ajude a reparar os danos à imagem dos EUA.

Ela também admitiu a dificuldade de reiniciar o processo de paz entre israelenses e palestinos e pediu para o presidente egípcio, Hosni Mubarak, dar um exemplo à região com eleições justas.

"Eu espero que o Oriente Médio, o grande Oriente Médio, conheça os americanos como realmente somos", afirmou Laura Bush antes de chegar em Amã, sua primeira parada.

"Não creio que eles realmente tenham a percepção de que os norte-americanos, como religiosos, são tolerantes com todas as religiões."

A primeira dama disse que a Newsweek cometeu um erro, mas não foi a única responsável pelo ocorrido. A reportagem espalhou violentos protestos no Afeganistão - onde 16 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas -, no Paquistão, na Indonésia e em Gaza. A revista depois se retratou pela matéria, segundo a qual interrogadores em uma prisão militar dos EUA em Cuba jogaram pelo menos uma cópia Alcorão em uma privada e deram a descarga.

"Claro que achei prejudicial, mas, nos Estados Unidos, se há uma informação terrível, as pessoas não provocam desordem e matam as outras", opinou.

Ao invés disso, a primeira-dama responsabilizou "acontecimentos terríveis", como o escândalo de Abu Ghraib, por ter "realmente feito mal à nossa imagem."

Antes da sua visita a Jerusalém e a Jericó, na Cisjordânia, Laura Bush reconheceu a dificuldade de conseguir progresso som o "mapa da paz", patrocinado pelos EUA, dizendo que "para cada passo à frente... temos, vocês sabem, um para trás".

"Mas eu realmente acredito que estamos mais próximos da paz do que nunca. Então, claro que quero encorajar os dois lados a continuarem os avanços", concluiu.





Fonte: Reuters

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