Brasil envia oficiais para missão de paz no Sudão

Brasília - O Brasil passou a integrar a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) para a manutenção de paz no Sudão. Dois oficiais do exército já embarcaram para o país africano. Outros 22 militares brasileiros também seguirão para Sudão.

Para o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Argimiro Procópio, "esse gesto do Brasil reforça o diálogo sul-sul e é, sem dúvida, um exemplo da solidariedade internacional". Segundo ele, o Brasil não tem interesse de presença política e econômica no Sudão. "É um gesto de um país pobre, que é o Brasil, ajudando outro país pobre. Isso mostra uma solidariedade sul-sul, que é extremamente positiva. Para não pensar que são apenas os países ricos que podem prestar solidariedade."

A história do Sudão é marcada por conflitos entre árabes-mulçumanos do norte e cristãos e animistas do sul. No ano passado, confrontos na região de Darfour, localizada no sul do país, provocaram a fuga de milhares de famílias e intensificaram a fome na região.

No Timor Leste, depois de encerrada parte da missão de paz da ONU, os militares brasileiros que estavam no país começam a voltar para o Brasil. Sessenta e três homens do exército retornam neste domingo (22) e outros 62 na segunda-feira (23).

O Timor Leste completa hoje três anos de independência com uma nova missão das Organizações das Nações Unidas (ONU). Após a conquista da paz, o país precisa agora voltar suas atenções para atingir a consolidação de Estado sustentável. Com a nova missão, a ONU enviará ao país assessores civis que ocuparão funções essenciais na estrutura, principalmente nas áreas das finanças e do judiciário, assessores policiais que ajudarão no capacitação da polícia do país e oficiais da área de Direito Humanos.