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Economia
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 17:09
Por: Neusa Baptista

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Os interessados em fazer sugestões para o documento que estabelecerá a Política Estadual de Educação Profissional para Mato Grosso poderão faze-lo até 12 de agosto. O documento, que foi elaborado pela equipe da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec), está sendo discutido em diversos municípios do interior do Estado desde março, em seminários onde também se discute a política de Educação Superior e de fomento à pesquisa no Estado.

Segundo Geraldo Grossi Jr., superintendente de Educação Profissional da Secitec, qualquer pessoa pode enviar sugestões para modificação do documento, que em breve estará disponível no site da Secitec (www.secitec.mt.gov.br). Ele ressalta que o documento é aberto e que as sugestões recebidas serão organizadas e repassadas para o Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia. Por dizer respeito a todos os agentes envolvidos com Educação Profissional – escolas públicas e particulares, sindicatos, ONGs etc – o documento necessita da participação de todos em sua construção, disse ele, citando que nas discussões com os municípios, o documento está sendo bem aceito. “Acreditamos que isso seja porque o documento está em sintonia com os anseios da sociedade”, avalia.

O documento é guiado pelos princípios que estabelecem a Educação profissional e tecnológica como meio de inclusão social e que prevêem a integração da educação profissional com a educação básica, com o mundo do trabalho e com outras políticas públicas, além da e valorização dos profissionais da educação profissional.

Além dos princípios algumas ações também estão previstas, entre elas o fortalecimento das escolas do Ceprotec (Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica) e a oferta de cursos de extensão para o público desempregado, empregados informais, microempresários e pequenos empresários. “Além de propor ações, qualquer cidadão também pode sugerir novos princípios, ou alterar os já propostos”, disse Grossi.

POLÍTICAS - A ausência de políticas definidas para a Educação Profissional é apontada por Grossi como conseqüência da desvalorização que esse tipo de educação sempre teve, assim como a sua separação em relação escola formal. Ele explica que o ensino profissionalizante sempre foi, historicamente, destinado aos desfavorecidos como alternativa de formação para conseguir a sobrevivência. “Antigamente quem tinha melhores condições financeiras almejava cursar uma faculdade; já os mais pobres se preocupavam mais em fazer um curso que lhe garantisse uma profissão, tal como os ensinos médios com formação em Contabilidade e Administração que existiam antigamente”, disse ele.

Em 1996, o decreto 2208 proibiu o oferecimento de ensino médio integrado ao profissional, aumentando ainda mais a separação entre a escola e o mundo do trabalho. O decreto foi revogado no ano passado, quando o ensino integrado passou a ser novamente permitido no Brasil. “Daí a necessidade de se elaborar uma nova política para o setor”, explicou ele.

Os seminários de discussão sobre a política de Ciência e Tecnologia para Mato Grosso se encerram no município de Confresa, onde o debate ocorrerá na próxima quinta-feira (02.06), na Câmara Municipal. O resultado dos seminários regionais será apresentado no dia 14 de junho, em reunião ampliada do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia.





Fonte: Assessoria/Secitec-MT

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