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Internacional
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 13:00
Por: Stephanie Nebehay

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O número de pessoas que requisitaram asilo diminuiu em um terço nos últimos dois anos devido à estratégia das potências ocidentais de combater a imigração ilegal e de ajudar os refugiados em suas regiões de origem, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) na sexta-feira.

Mas algumas pessoas que fogem de guerras ou da perseguição política, e que merecem proteção fora de seus países, estão sendo barradas injustamente por alguns países industrializados, afirmou o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

Um total de 81.947 pedidos de asilo foi apresentado no primeiro trimestre deste ano. Esse número é 17 por cento menor que os 98.628 pedidos registrados no mesmo período em 2004 e 36 por cento menor que os 127.630 dos primeiros três meses de 2003.

"Há países que estão tomando ações realmente drásticas para combater a chegada de imigrantes. Entendemos o problema que eles enfrentam", afirmou Ron Redmon, porta-voz do Acnur.

"Mas, dentro do grande número de pessoas que está se movimentando pelo mundo hoje, há refugiados que merecem proteção internacional. Do nosso ponto de vista, essas pessoas merecem ter acesso a procedimentos justos", disse.

Comparada com a situação de dois anos atrás, os pedidos de asilo caíram em 31 por cento na União Européia (UE), em 34 por cento em toda a Europa, em 40 por cento nos EUA e no Canadá e em 44 por cento na Austrália e na Nova Zelândia, segundo o Acnur.

A França continua a ser o país que mais recebe candidatos a asilo, tendo registrado 15.700 pedidos no primeiro trimestre de 2005.

Os EUA aparecem em segundo lugar, com 13.600 pedidos, seguidos pela Grã-Bretanha (8.260) e pela Alemanha (6.600).

Uma "combinação de fatores" explicava a queda no número de pedidos, afirmou Redmond.

"Alguns dos países adotaram medidas mais drásticas para combater o que chamam de migrantes econômicos ilegais, porque muitos países industrializados, particularmente na Europa, não possuem programas de imigração", afirmou.

"Também podemos atribuir uma grande parte da queda no número de pedidos ao fato de que soluções têm sido encontradas nos países e nas regiões de origem", acrescentou.





Fonte: Reuters

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