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Internacional
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 12:20
Por: Adam Entous

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Contradizendo a linha adotada pelo governo dos EUA, a primeira-dama do país, Laura Bush, disse na quinta-feira que o presidente norte-americano deveria ter sido avisado, durante um passeio de bicicleta, sobre o avião que invadiu espaço aéreo restrito de Washington, detonando um alerta geral.

No incidente, Laura viu-se obrigada a ficar em um bunker.

"Acho que ele deveria ter sido interrompido. Mas não vou criticar o Serviço de Segurança, que estava com ele", afirmou a primeira-dama a repórteres durante o vôo que a levava para a Jordânia.

Laura viaja sozinha para percorrer alguns países do Oriente Médio, nos próximos cinco dias. O avião dela parou em Shannon, Irlanda, para reabastecer.

A primeira-dama afirmou esperar que sua visita à Jordânia, a Israel e ao Egito ajude a combater o crescente sentimento de repúdio aos EUA no mundo islâmico, um sentimento alimentado pela guerra contra o Iraque e, mais recentemente, por denúncias de que soldados norte-americanos profanaram o Alcorão.

"Espero que o Oriente Médio, o Oriente Médio como um todo, conheça a verdadeira face dos norte-americanos", afirmou. "Não acho que eles saibam realmente que os norte-americanos são religiosos e que são tolerantes com todas as religiões."

Laura também afirmou que a viagem lhe daria uma oportunidade de defender os direitos da mulher no Oriente Médio.

Sobre o incidente de 11 de maio, quando prédios do governo em Washington foram esvaziados porque um avião monomotor invadiu espaço aéreo restrito da capital, Laura afirmou não ter sentido medo.

Apesar de a cidade ter entrado em alerta vermelho, o nível máximo, os assessores do presidente George W. Bush resolveram não interromper o passeio de bicicleta dele a fim de avisá-lo sobre o ocorrido. O incidente foi caracterizado pelo governo norte-americano como o mais grave do país desde o 11 de setembro de 2001.

A Casa Branca defendeu o modo como o Serviço Secreto agiu.

Questionada sobre se Bush havia ficado contrariado com o fato de não ter sido avisado mais cedo sobre o ocorrido, Laura respondeu: "Não, na verdade não."





Fonte: Reuters

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