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Cidades/Geral
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 11:30
Por: Rubens de Souza e Valdemir Rob

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Os responsáveis pela tragédia que abalou Várzea Grande na madrugada do último domingo, com a queda de uma arquibancada nas dependências da Feicovag serão punidos criminalmente e vão para a cadeia. Na manhã desta sexta-feira, o delegado Elias Daher, disse em entrevista coletiva que sua equipe continua trabalhando nas investigações das causas do acidente e que ai encaminhar um amplo relatório ao Ministério Público solicitando a prisão de todos os responsáveis pela tragédia.

Ao comentar os acontecimentos que abalaram Várzea Grande, Elias Daher disse que já ouviu nestes últimos três dias, 43 vítimas do acidente. Segundo ele, o prazo para a conclusão do inquérito é de 30 dias, mas enfatiza que pode ser prorrogado devido a amplitude do acontecimento e a necessidade de ser ouvir mais vítimas, muitas ainda internadas em hospitais de Várzea Grande e Cuiabá em estado grave.

O delegado Elias Daher ressaltou que a Polícia Civil, responsável pelo inquérito está trabalhando em conjunto com o Ministério Público e com a OAB que terá nos próximos dias um advogado que vai acompanhar todo o processo.

O delegado responsável pela apuração da tragédia disse ainda que aguarda o comparecimento na Delegacia Regional de mais vítimas do acidente. Muitos foram atendidos nos hospitais, mas não deixaram endereços. “Apelo para que estas pessoas comparação, dêem seus depoimentos para que possamos concluir o processo”. Lembrou que todas as vítimas podem solicitar indenização dos responsáveis.

Apesar de 38 pessoas ainda estarem internadas em estado grave, muitas em UTI, em diversos hospitais de Várzea Grande e Cuiabá, até agora não foi registrada nenhuma morte em conseqüência do acidente com a arquibancada da Feicovag. Segundo o delegado Elias Daher várias destas vítimas correm sério risco de vida, como um homem que está com embolia pulmonar na Santa Casa de Misericórdia e pode morrer a qualquer momento.

Elias Daher disse que todos os responsáveis pela tragédia serão processados nos artigos penais 256 e 258, do Código Penal Brasileiro por desabamento com lesões corporais graves. O artigo 256 prevê pena de um a quatro anos de reclusão e o 258 prevê uma condenação de metade da pena do artigo 256 por lesão corporal e o dobro com a morte.

Já o procurador Carlos Eduardo, do Ministério Público, que estava acompanhando o inquérito policial presidido pelo delegado Elias Daher, disse pode dizer que houve falta de articulação entre os órgãos responsáveis pela vistoria das arquibancadas e os responsáveis pela obra. Ele marcou uma reunião com o Corpo de Bombeiros para a próxima semana para solicitar uma fiscalização de eventos desta natureza para evitar que acontecimentos como este voltem a se repetir em Mato Grosso.





Fonte: 24Horas News

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