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Nacional
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 10:59
Por: Priscilla Mazenotti

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Brasília - A Controladoria-Geral da União (CGU) intensificou o trabalho de investigações nos Correios. Uma equipe formada por oito auditores vai passar um pente-fino nos processos de licitação e contratação da empresa. A equipe da CGU, que normalmente faz auditorias em empresas públicas, foi reforçada após as denúncias de corrupção nos Correios. Uma gravação divulgada nesta semana acusa os ex-funcionários Fernando Godoy, Maurício Marinho e Antônio Osório Batista e o presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), de fazerem parte de um esquema de corrupção na estatal.

Em entrevista à Rádio Nacional, o ministro Waldir Pires disse que a equipe de auditores irá analisar como os contratos são feitos e como as licitações são concluídas. "Modificamos a equipe apenas para aprofundar a natureza das investigações em função, sobretudo, das denúncias que foram apresentadas. Estamos com um corpo de auditores com objetivo de ir, em profundidade, em todos os setores das licitações e dos contratos que estão em curso nos Correios".

O ministro considerou corretas as medidas tomadas pela CGU no caso dos Correios. Ele ressaltou que uma outra comissão de auditores que já acompanha a sindicância aberta na empresa para investigar fraudes deverá apresentar um relatório em 60 dias. Após esse prazo, o documento deverá ser encaminhado ao Ministério das Comunicações para que sejam tomadas as providências administrativas, e ao Ministério Público, para as providências penais.

"Precisamos ter a velocidade adequada para que a sociedade sinta-se protegida nos seus interesses básicos. Esse é o processo democrático. É um estudo técnico e cuidadoso. Espero que esse prazo nos seja suficiente para toda a apresentação da verdade à opinião pública brasileira", afirmou o ministro.

Para Waldir Pires, combater corrupção é de responsabilidade de todos os brasileiros. "Essa batalha nós só ganhamos na medida em que toda a população e toda a sociedade brasileira entra nisso para participar diretamente porque é fundamental para os interesses da população que o dinheiro público, que vem dos impostos, seja aplicado exclusivamente em benefício das políticas públicas, sociais, econômicas para construirmos uma sociedade decente, séria e, portanto, uma sociedade não excludente".





Fonte: Agência Brasil

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