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França mentiu sobre risco nuclear na Polinésia, diz site
Paris - Autoridades francesas ocultaram os riscos de testes nucleares feitos na Polinésia na década de 60, apesar de saberem que eram perigosos para a população local, informa documento militar secreto revelado hoje. Uma organização antinuclear, o Centro de Documentação e Investigação sobre a Paz e os Conflitos (CDRPC), publica em sua página web o relatório, datado de 1966, assim como extratos de outros 20 textos "achados recentemente".
A organização também denuncia que "os dados oferecidos pelo Ministério da Defesa em 1998 para a investigação feita pela Agência Internacional de Energia Atômica estão longe de refletir o que de fato aconteceu em 1966". Os documentos se referem aos efeitos dos testes nucleares feitos em 1966 e 1967 no arquipélago de Gambier e em particular na ilha de Mangareva, de 570 habitantes, onde se chegou a medir uma contaminação "142 vezes superior à zona proibida de Chernobyl".
Antes de começar os testes, se sabia que esta ilha seria diretamente afetada, segundo um dos documentos, que advertia para as graves conseqüências para sua população. "A menor explosão fará a população absorver uma dose superior ao limite fixado", afirma o texto. No entanto, outro dos textos indicava que "uma evacuação preventiva da população das ilhas Gambier antes de uma explosão experimental está excluída por motivos políticos e psicológicos".
O CDRPC denuncia que "a leitura de certas passagens destes documentos revela o desprezo pelas pessoas, especialmente os nativos".
Em janeiro passado, várias supostas vítimas de irradiações nucleares depuseram pela primeira vez perante o Tribunal de Paris depois da abertura, em setembro passado, de um processo judicial por "homicídio involuntário" e "dano involuntário à integridade física". Dois juízes instrutores tentam estabelecer se existe uma relação entre as doenças desenvolvidas pelos afetados e sua participação ou presença durante os testes nucleares.
No total, a França fez mais de 200 testes nucleares entre 1960 e 1996, os primeiros no deserto do Saara, e posteriormente na Polinésia.
A organização também denuncia que "os dados oferecidos pelo Ministério da Defesa em 1998 para a investigação feita pela Agência Internacional de Energia Atômica estão longe de refletir o que de fato aconteceu em 1966". Os documentos se referem aos efeitos dos testes nucleares feitos em 1966 e 1967 no arquipélago de Gambier e em particular na ilha de Mangareva, de 570 habitantes, onde se chegou a medir uma contaminação "142 vezes superior à zona proibida de Chernobyl".
Antes de começar os testes, se sabia que esta ilha seria diretamente afetada, segundo um dos documentos, que advertia para as graves conseqüências para sua população. "A menor explosão fará a população absorver uma dose superior ao limite fixado", afirma o texto. No entanto, outro dos textos indicava que "uma evacuação preventiva da população das ilhas Gambier antes de uma explosão experimental está excluída por motivos políticos e psicológicos".
O CDRPC denuncia que "a leitura de certas passagens destes documentos revela o desprezo pelas pessoas, especialmente os nativos".
Em janeiro passado, várias supostas vítimas de irradiações nucleares depuseram pela primeira vez perante o Tribunal de Paris depois da abertura, em setembro passado, de um processo judicial por "homicídio involuntário" e "dano involuntário à integridade física". Dois juízes instrutores tentam estabelecer se existe uma relação entre as doenças desenvolvidas pelos afetados e sua participação ou presença durante os testes nucleares.
No total, a França fez mais de 200 testes nucleares entre 1960 e 1996, os primeiros no deserto do Saara, e posteriormente na Polinésia.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/339114/visualizar/
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