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Nova alta dos juros vai travar crescimento econômico, diz economista
São Paulo - A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros (a Selic) de 19,5% para 19,75% "vai travar o crescimento econômico", segundo o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel de Oliveira. Em entrevista à Agência Brasil, Oliveira apresentou a projeção de que, por conta dos juros, o crescimento do país não ultrapassará 3% - a projeção do Banco Central é de que o PIB cresça 3,5% em 2005.
Em sua avaliação, o impacto imediato será na dívida pública, que está 55% atrelada aos juros. "Além desse aumento da dívida, os juros altos provocam desaquecimento da economia e isso faz com que caia a arrecadação de impostos".
Segundo ele, o Banco Central tem se precipitado porque "a correção demora seis meses para ter efeito, e antes mesmo de sentir esse efeito, o Banco Central vem, sistematicamente, elevando a taxa". Segundo ele, isso deve causar desaceleração da economia e inibir os investimentos no país.
Uma outra análise que faz é sobre o aumento da especulação com o dólar. "É fato que juros altos atraem investidores para o mercado financeiro, baixando a cotação do dólar. Com a moeda norte-americana depreciada há uma perda da competitividade na venda dos produtos exportados".
Em nota distribuída à imprensa, porém, a Anefac avalia que essa alta da taxa para 19,75% terá um efeito muito pequeno nas operações de crédito. A instituição afirma que há um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas ao consumidor. Na média, esses juros à pessoa física chegam a 142,20% ao ano, provocando uma variação de 629% entre as duas pontas. Algumas linhas de empréstimo pessoal chegariam a ter diferenças de mais de 1.200% ao ano com a Selic.
Em uma simulação, a Anefac aponta que com os novos juros, a compra de uma geladeira cujo preço a vista é de R$ 800,00 com financiamento para pagar em 12 vezes e a primeira parcela só em 30 dias depois da compra, a taxa de juros será de 6,12%, a prestação passará R$ 96,05 e o total da dívida para R$ l.l52,60. No caso do cheque especial, a utilização de uma quantia de R$ 1.000,00 por 20 dias, os juros cobrados serão de R$ 55,27.
Em sua avaliação, o impacto imediato será na dívida pública, que está 55% atrelada aos juros. "Além desse aumento da dívida, os juros altos provocam desaquecimento da economia e isso faz com que caia a arrecadação de impostos".
Segundo ele, o Banco Central tem se precipitado porque "a correção demora seis meses para ter efeito, e antes mesmo de sentir esse efeito, o Banco Central vem, sistematicamente, elevando a taxa". Segundo ele, isso deve causar desaceleração da economia e inibir os investimentos no país.
Uma outra análise que faz é sobre o aumento da especulação com o dólar. "É fato que juros altos atraem investidores para o mercado financeiro, baixando a cotação do dólar. Com a moeda norte-americana depreciada há uma perda da competitividade na venda dos produtos exportados".
Em nota distribuída à imprensa, porém, a Anefac avalia que essa alta da taxa para 19,75% terá um efeito muito pequeno nas operações de crédito. A instituição afirma que há um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas ao consumidor. Na média, esses juros à pessoa física chegam a 142,20% ao ano, provocando uma variação de 629% entre as duas pontas. Algumas linhas de empréstimo pessoal chegariam a ter diferenças de mais de 1.200% ao ano com a Selic.
Em uma simulação, a Anefac aponta que com os novos juros, a compra de uma geladeira cujo preço a vista é de R$ 800,00 com financiamento para pagar em 12 vezes e a primeira parcela só em 30 dias depois da compra, a taxa de juros será de 6,12%, a prestação passará R$ 96,05 e o total da dívida para R$ l.l52,60. No caso do cheque especial, a utilização de uma quantia de R$ 1.000,00 por 20 dias, os juros cobrados serão de R$ 55,27.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/339168/visualizar/
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