IBGE: seca no Centro-Oeste e no Sul afetou produção

Rio - A seca no Centro-Oeste e no Sul do país afetou a produção. No caso do feijão, houve queda de 49% em Mato Grosso do Sul e de 12% no Rio Grande do Sul. A segunda safra do milho apresenta uma redução na estimativa de produção de 26% no Paraná, 55% no Mato Grosso do Sul e 7% em Goiás, por causa da falta de chuva. As condições climáticas também afetaram a produção da soja em abril nos estados do Paraná (-2,5%), Rio Grande do Sul (-14,8%) e Mato Grosso do Sul (-10,3%). A estimativa de produção é de 9,3 milhões de toneladas, 2,6% milhões de toneladas e 3,8 milhões de toneladas, respectivamente.

As informações constam do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a quarta estimativa para a produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale, cereal resultante do cruzamento do trigo com o centeio).

Em relação ao ano passado, a pesquisa revela uma variação positiva na produção de algodão herbáceo em caroço (5,97%), arroz em casca (0,02%), feijão em grão primeira safra (6,57%), feijão em grão terceira safra (2,22%), mamona (55,89%) e soja em grão (5,17%). A variação é negativa nos casos do feijão em grão segunda safra (-1,09%), milho em grão primeira safra (-10,28%), milho em grão segunda safra (-21,88%), sorgo em grão (-24,12%) e trigo em grão (-1,29%).

O levantamento destaca também os efeitos das geadas na região sul e no Mato Grosso do Sul, e os prolongados intervalos das chuvas na região centro-oeste. Essas regiões concentram os principais pólos produtores do milho segunda safra. As maiores quedas foram verificadas no Paraná (-32%), Mato Grosso do Sul (-55%) e Goiás (-37%), com produção de 2,3 milhões de toneladas, 840 mil toneladas e 650 mil toneladas, respectivamente.

Quanto ao trigo, a primeira estimativa para 2005 indica uma produção da ordem de 5,7 milhões de toneladas, ligeiramente menor (1,30%) que a safra de 2004, com exceção para o Rio Grande do Sul, que por razões de calendário agrícola, ainda não consolidou a semeadura. O Paraná, maior produtor nacional, e com uma participação de 55% do trigo produzido no país, espera colher um volume de 3,2 milhões de toneladas, 4,4% a mais do que 2004.