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Cidades/Geral
Quinta - 19 de Maio de 2005 às 12:33

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Pacientes do Centro de Atendimento Psico-Social (Caps) de Várzea Grande, que atende pessoas com transtornos mentais, comemoraram ontem, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, no Centro de Formação e Lazer Professora Edith Rodrigues, conhecido como Iate Clube, no bairro Costa Verde. Durante todo o dia, os pacientes, funcionários e familiares participaram de atividades esportivas e culturais como jogos de futebol e voley e gincanas de arrecadação de roupas usadas para a posterior realização de um brechó. A Luta Antimanicomial é um movimento que defende a extinção progressiva dos manicômios, onde pessoas com transtornos mentais ficam trancadas e isoladas da sociedade e de seus familiares. O paciente Flaviano Alves Linaldi, de 34 anos, já foi internado em um manicômio por 11 dias devido a um surto e diz não ter gostado nem um pouco da experiência. “Eu passei quase todos os dias sedado, não sei como é que ainda dizem que aquilo é um tratamento”, afirmou Flaviano. Segundo ele, no Caps o tratamento é totalmente diferente. “Eu vou ao centro todos os dias, me sinto bem lá. Nós fazemos várias atividades e aprendemos muita coisa, ninguém fica sem fazer nada”, disse satisfeito o paciente.

“Não adianta internar pessoas portadoras de transtornos mentais e depois esquecê-las nos manicômios. O paciente necessita do apoio e carinho da família”, afirmou a responsável técnica pelo CAPS, Soraya Danniza Miter.

Segundo ela, o objetivo do CAPS é a inclusão social e, para isso, não se pode privar os pacientes do contato com a sociedade. “Os pacientes podem ser tratados em hospitais-dia e retornarem para suas casas à noite. No caso de surtos, eles deveriam ter leitos nos hospitais como todo mundo, apenas em alas separadas”, afirmou Soraya.





Fonte: Diário de Cuiaba

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