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Economia
Quarta - 18 de Maio de 2005 às 22:33
Por: Adriana Fernandes

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Brasília - A dívida interna em títulos do governo federal ficou praticamente estável em abril. Dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC) e Tesouro Nacional mostram que o estoque da dívida teve um ligeiro aumento de R$ 873,61 bilhões em março para R$ 873,83 bilhões em abril. O motivo para o estoque ter ficado estável, depois de meses de alta, foi o fato de o Tesouro e do BC terem feito resgate líquido de títulos, no valor de R$ 9,3 bilhões em abril. Pela primeira vez desde janeiro, a parcela da dívida atrelada a títulos prefixados teve uma queda. A participação desse títulos no total da dívida caiu de 21,52% para 20,25%. Esta queda, segundo o Tesouro, deve-se ao resgate líquido de R$ 13,3 bilhões deste tipo de títulos ao longo do mês.

O governo pretende aumentar a participação dos títulos prefixados em sua dívida porque estes são papéis cuja remuneração já é definida na data de negociação. Ou seja, com este tipo de papel, o governo fica livre da oscilação das taxas de juros. Contudo, apesar da queda, a participação de prefixados está dentro do intervalo da meta fixada do Plano Anual de Financiamento do Tesouro para 2005, que é de 20% a 30%. O estoque dos títulos prefixados soma agora R$ 176,96 bilhões.

Por outro lado, a intenção do governo é reduzir sua dívida em títulos com juros pós-fixados, já que nestes a remuneração é definida no vencimento do papel, o que deixa a dívida do governo sensível às oscilações das taxas de juros. De acordo com o Tesouro, em abril, a parcela de títulos remunerados à taxa Selic, o juro básico da economia, voltou a subir, de 56,98% para 58,50%. Estes títulos, agora, somam R$ 511,18 bilhões.

Já a participação de títulos indexados a índices de preços subiu de 13,99% para 14,10% no mesmo período. Somam agora R$ 123,22 bilhões. A dívida cambial (títulos e contratos atrelados à taxa de câmbio) manteve a trajetória de queda iniciada desde 2003. Caiu de 4,94% em março para 4,62% em abril. O estoque da dívida cambial soma agora R$ 40,36 bilhões.

Prazo da dívida O prazo médio da dívida pública interna em títulos teve um ligeiro aumento em abril. Segundo o Tesouro Nacional e o Banco Central, o prazo médio subiu de 27,76 meses, em março para 27,92 meses, em abril. Por outro lado, o prazo médio das emissões em leilões públicos de venda de títulos caiu de 27,16 meses para 22,88 meses.

A parcela de títulos a vencer em 12 meses voltou a cair em abril, chegando a 42,85%. Esse valor corresponde a R$ 374,40 bilhões. Em março, a dívida a vencer em 12 meses correspondia a 42,97%, o equivalente a R$ 375,40 bilhões. Quanto menor essa parcela da dívida de curto prazo, maior é a confiança dos investidores na sustentabilidade da dívida.





Fonte: Agência Estado

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