Sindicato espanhol pressiona por direitos das prostitutas

Centenas de milhares de prostitutas trabalhando na Espanha precisam urgentemente de direitos trabalhistas para evitar que sejam exploradas, afirmou nesta quarta-feira um dos mais importantes líderes sindicais da Espanha.

"Esse é um forte setor, que está crescendo", afirmou José Maria Fidalgo, secretário geral das Comissões de Trabalhadores, um dos dois maiores sindicatos trabalhistas do país.

"Em um país civilizado, não podemos tolerar um setor não-regularizado no qual centenas de milhares de pessoas, particularmente mulheres e imigrantes, estão sendo exploradas", disse Fidalgo antes da conferência de 26 de maio que o sindicato está organizando sobre o direito dos trabalhadores do setor.

Carmen Bravo, chefe do sindicato para assuntos femininos, afirmou que o número estimado de prostitutas na Espanha subiu de 300 mil para 400 mil. Mais de 90 por cento são imigrantes e a maioria trabalha em bordéis às margens de estradas.

A polícia realiza incursões nesses estabelecimentos frequentemente e observa que aumenta o número de mulheres africanas e do Leste Europeu que são mantidas em condições de quase escravidão, trazidas de seus países por traficantes.