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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Quarta - 18 de Maio de 2005 às 18:33
Por: Denise Madueño e Leonêncio Nos

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Brasília - O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), disse hoje, após café da manhã com o presidente Lula e lideres partidários aliados e da oposição, que uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as denúncias de corrupção nos Correios causará "um grande embaraço". No entanto, afirmou que se houver número suficiente de assinaturas a CPI será criada. A oposição garante que já há assinaturas para instalar a CPI.

O líder do PSB na Câmara, Renato Casagrande (ES), disse que na reunião foi avaliada o caso dos Correios, mas que o presidente não fez comentários. De acordo com ele, Lula não pediu que os aliados retirassem as assinaturas do requerimento de pedido da CPI.

Severino Cavalcanti usou um velho chavão do meio político para demonstrar preocupação com a CPI dos Correios. "Todo mundo sabe como começa uma CPI, mas não sabe como termina", disse. Ele disse, porém, que os parlamentares é que vão determinar se haverá ou não uma CPI sobre o caso.

O presidente da Câmara defendeu o presidente do PTB, Roberto Jefferson, envolvido nas denúncias de corrupção nos Correios. "Quem tem o poder de oratória como o Roberto Jefferson sabe colocar bem as palavras. Ele provou que não tem nada para que possa ser condenado", disse. Ele acredita que numa possível investigação não será encontrado nada que desabone o presidente do PTB.

Severino informou ainda que às 18 horas haverá uma reunião de líderes para definir como acabar com a paralisia nas votações. "A Câmara não pode ficar sem trabalhar", disse.

O deputado Renato Casagrande informou que o líder do PSDB na Câmara, Alberto Goldman, disse ao presidente Lula que casos como o dos Correios e o de Rondônia, onde o governador Ivo Cassol (PSDB) gravou conversas comprometedoras com deputados estaduais, causam crise de representatividade e expõem as autoridades. Lula, segundo o líder do PSB, não fez comentários. Apenas pediu empenho dos líderes para a aprovação de propostas como a reforma tributária, e defendeu uma relação institucional entre o Legislativo e o Executivo.

Casagrande disse que, como líder do PSB, não pedirá que os parlamentares de seu partido tirem a assinatura do requerimento de instalação da CPI dos Correios. "É difícil para um deputado tirar uma assinatura. Não recebemos orientação do governo para isso", afirmou.





Fonte: Agência Estado

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