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Polícia Brasil
Quarta - 18 de Maio de 2005 às 14:55

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O delegado da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) Paulo Jean, que está investigando a morte de um bebê de dois meses no Hospital da Restauração (HR), deve acompanhar hoje a exumação do corpo da criança.

´ Existe a suspeita de que o falecimento aconteceu por conta do tumulto ocorrido na UTI Pediátrica do Hospital da Restauração (HR), no último domingo, quando um cano estourou e provocou a interdição do setor, onde ele e outros 11 pacientes estavam internados. O resultado da perícia deve ser divulgado dentro de dez dias.

O inquérito foi instaurado a partir da queixa da mãe da criança, a dona de casa Verônica Maria Araújo da Silva, 23, que relacionou a morte de sua filha, Jennifer Vitória Araújo dos Santos, ao mau atendimento prestado após a confusão.

Pelo atestado de óbito, a criança faleceu em decorrência de uma infecção generalizada, mas os familiares acreditam que houve uma parada cardíaca após o desligamento dos aparelhos da unidade. "Eu já ouvi a mãe da criança e outros familiares", afirmou o delegado, informando que ouvirá, nos próximos dias, médicos e enfermeiros do HR, juntamente com funcionários do posto de saúde da Bomba do Hemetério, onde o bebê foi vacinado na última sexta-feira.

Verônica também acredita que a filha adoeceu depois de ter recebido uma vacina. Ela conta que depois de ser vacinada, o bebê começou a vomitar, ficar pálido e com a boca roxa. A criança foi levada ao Hospital Pediátrico Helena Moura, na Tamarineira, na madrugada do sábado, e depois transferida para o HR.

"Na noite do sábado os médicos disseram que ela estava melhorando. Na madrugada do domingo, minha irmã ligou para mim e disse que tinha um buraco no corredor da UTI, vazando água e que tinha molhado um pouco o bebê", relatou Verônica. "Quando eu cheguei, os médicos não me explicaram a causa da morte e nem tinham feito autópsia. Eu quero saber porque ela morreu. Eu só tinha ela", completou.

O HR informou, através da assessoria, que o bebê já havia sido internado em estado grave - com pneumonia, infecção generalizada e anemia - e que os médicos fizeram a transferência da menina "em menos de três minutos" para a Unidade de Queimados, onde continuou a receber oxigênio.

Segundo o HR, a criança morreu em decorrência da gravidade do seu estado de saúde. Já a gerente do Distrito Sanitário II da Prefeitura do Recife, Bernadete Antunes, informou que nenhum dos sintomas apresentados pelo bebê são compatíveis com as reações adversas à vacina, a qual foi aplicada em outras crianças, que não desenvolveram quadro semelhante. A morte do bebê também será investigada pelo distrito.





Fonte: Agência Nordeste

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