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Sábado - 14 de Maio de 2005 às 16:44

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No Brasil, a cultura de treinamento é incipiente. Um mercado em fase embrionária que ganha força abordando um tema-coqueluche nas programações de uma boa parte de cursos e palestras: a motivação. Profissionais de todas as áreas, executivos de grandes ou pequenas empresas, gerentes de sucesso ou em ascensão e até desempregados formam o público cada vez maior de eventos realizados em todo o país. E Mato Grosso já exporta consultoria no ramo.

A maior empresa do setor no Centro-Oeste é cuiabana. Em dois anos, cerca de 20 mil pessoas já participaram dos cursos promovidos pela Business Center aqui e nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e outros. Para o consultor e criador da empresa Aly Baddauhy Jr., há um conjunto de fatores psicológicos, sociais e econômicos que justificam a necessidade de promover uma verdadeira reciclagem emocional em gestores e funcionários de um empreendimento.

“O mercado deixou de ser meramente competitivo para se tornar predador”, é uma das explicações apontadas pelo especialista. A concorrência nesses níveis abriu uma crise necessária à construção de uma nova etapa na evolução profissional e das empresas. “O papel dos líderes e dos liderados está sendo passado a limpo. A competência técnica não é o único – e talvez nem seja o mais importante – ingrediente no perfil de um bom profissional”, explica Baddauhy Jr.

Um ponto importante é a visão empreendedora que as pessoas devem assumir para adotar atitudes positivas frente aos desafios. Não existe motivação. “Ninguém é capaz de motivar ninguém. O que existe é auto-motivação”, frisa o consultor. Para ele, as crises são para sempre, mas não são boas, nem ruins. Indicam apenas a necessidade de mudanças. “Só que para haver mudanças, as pessoas precisam tomar atitudes”, ressalta.

O consultor explica que as empresas sobreviveram à gestão da qualidade, na década de 80, e à reengenharia, nos anos 90. “Chegou a hora da gestão do conhecimento. É preciso reconhecer nas pessoas habilidades e talentos e saber se elas ocupam na empresa os cargos certos. Se seu potencial é sub-aproveitado, se elas funcionam ou não.”

Atitude – Um cliclo para o sucesso – é o próximo curso da Business Center em Cuiabá, a ser iniciado no dia 20 de maio. Com duração de seis meses e aulas somente nos finais de semana, o curso completo de 90 horas/aula, abrange seis pilares da Atitude. Relacionamento inter-pessoal e auto-estima; Oratória; Vendas e qualidade no atendimento; Negociação; Finanças Pessoais; e Liderança.

Uma história empreendedora (Box)

Como surgiu e por que faz tanto sucesso os cursos de treinamento empresarial da Business Center, criada por Aly Baddauhy Jr.? Quem vê os out-doors espalhados pela cidade dos cursos da empresa com nome em inglês e seu palestrante, que mais parece vindo das Arábias, não imagina que é uma legítima mato-grossense, que vem fazendo barulho em São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul. E isso, garante Aly, é só o começo.

O consultor atribui o sucesso, à crença e filosofia da empresa de que não existe fracasso. “Acreditamos apenas em resultados”. Na vida ou ganhamos ou aprendemos. Se quebramos a cara num empreendimento mau feito, acontece!. “A experiência foi um curso fantástico para aprender o que não se deve fazer”, afirma. “O fracasso é uma opção - quando não queremos aprender e reincidimos o erro”, ressalta.

Para Aly, tanto o sucesso quanto o fracasso não são eventos únicos. O sucesso ou fracasso é a soma de erros e acertos que acumulamos ao longo do tempo. Nada acontece do dia para a noite. “O infarto é conseqüência de uma vida inteira de alimentação imprópria, exageros e outras doenças combinadas”, exemplifica. “E conosco não foi diferente”.

O início do que viria a ser a Business Center, a maior empresa de treinamento empresarial da região Centro-Oeste, foi meramente uma brincadeira. Em 1993, Aly trabalhava como funcionário da Embratel. Seu interesse pela leitura diária de livros, dos mais variados temas, e o gosto de falar fizeram com que amigos o convidassem para dar palestras em pequenas empresas, a fim de motivar os colaboradores. O único intuito era levar a mensagem de que as mudanças só acontecem através do aprendizado contínuo. ”As primeiras palestras foram ministradas de graça. Quando cobrei 100 reais, as empresas pagaram. Quando cobrei 150, elas também pagaram”, afirma. ”Daí a brincadeira começou a ficar mais interessante”, brinca. O nome Business Center passou a ganhar cada vez mais reconhecimento de empresas locais. Enquanto isso, Aly se aprimorava em cursos no Brasil e no exterior.

Em 2002, Aly teve de decidir a fazer o que mais gostava. Até então, conciliava os cursos que dava com o gerenciamento de sua corretora e sua participação num site de notícias. Passou a dedicar-se exclusivamente a Business Center. “O primeiro ano foi complicado. Trocávamos seis por meia dúzia”. Já com outros consultores, a Business montou o curso de cinco noites “O que é vender no mundo de hoje”, em maio de 2003, e estourou em Cuiabá. Só o primeiro evento contou com a participação de 540 pessoas. Decidiram então levar o curso ao interior do estado. Na primeira cidade escolhida Sinop, sucesso absoluto. Em Rondonópolis, idem. Os eventos no interior mato-grossense foram o ensaio necessário para levar a Business Center a outros estados. Hoje, milhares de pessoas já assistiram ao curso nas principais cidades do País.





Fonte: Pau e Prosa comunicacao

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