Liga Árabe critica suposta profanação do Alcorão em Guantánamo
"A Liga Árabe não aceita qualquer tentativa de desrespeito à religião islâmica e ao Alcorão, venha de onde vier e seja como for", destaca um comunicado da organização pan-árabe, que agrupa 22 países.
A nota afirma que as informações sobre a profanação do livro sagrado do Islã provocarão uma "enorme ira entre os muçulmanos que não imaginavam que o atrevimento contra suas crenças chegasse a um nível tão baixo".
A Liga Árabe, cuja sede se encontra no Cairo, pede, caso a profanação seja verídica, que o governo americano aplique a "máxima sanção possível para que isso não volte a se repetir". Por fim, pede aos Estados Unidos que se desculpem com os muçulmanos "de acordo com o respeito que seus altos responsáveis dizem ter pelo Islã".
Além disso, o influente grupo fundamentalista islâmico egípcio Irmãos Muçulmanos condenou em um comunicado o que chamou de uma "desonrosa e injuriosa" ação, razão pela qual também exige que as autoridades americanas se desculpem e punam os culpados.
O comunicado pede aos governos árabes e islâmicos que adotem "medidas firmes e decididas diante de um feito tão brutal". Além disso, pede às instituições e organizações islâmicas no mundo todo que protestem e repudiem "a ofensa ao mais sagrado do Islã". A notícia da suposta profanação foi publicada pela revista americana Newsweek e desde então houve violentas manifestações no Afeganistão e em outros países da região, nas quais dez pessoas morreram.
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