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Internacional
Sábado - 14 de Maio de 2005 às 14:44

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A Liga Árabe criticou hoje a suposta profanação do Alcorão por soldados americanos no centro de detenção da base de Guantánamo, em Cuba, onde estão presos supostos terroristas islâmicos.

"A Liga Árabe não aceita qualquer tentativa de desrespeito à religião islâmica e ao Alcorão, venha de onde vier e seja como for", destaca um comunicado da organização pan-árabe, que agrupa 22 países.

A nota afirma que as informações sobre a profanação do livro sagrado do Islã provocarão uma "enorme ira entre os muçulmanos que não imaginavam que o atrevimento contra suas crenças chegasse a um nível tão baixo".

A Liga Árabe, cuja sede se encontra no Cairo, pede, caso a profanação seja verídica, que o governo americano aplique a "máxima sanção possível para que isso não volte a se repetir". Por fim, pede aos Estados Unidos que se desculpem com os muçulmanos "de acordo com o respeito que seus altos responsáveis dizem ter pelo Islã".

Além disso, o influente grupo fundamentalista islâmico egípcio Irmãos Muçulmanos condenou em um comunicado o que chamou de uma "desonrosa e injuriosa" ação, razão pela qual também exige que as autoridades americanas se desculpem e punam os culpados.

O comunicado pede aos governos árabes e islâmicos que adotem "medidas firmes e decididas diante de um feito tão brutal". Além disso, pede às instituições e organizações islâmicas no mundo todo que protestem e repudiem "a ofensa ao mais sagrado do Islã". A notícia da suposta profanação foi publicada pela revista americana Newsweek e desde então houve violentas manifestações no Afeganistão e em outros países da região, nas quais dez pessoas morreram.





Fonte: EFE

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