Violência de rebeldes e militares mata 16 pessoas no Iraque
A enorme explosão danificou várias lojas e 15 veículos estacionados nas imediações, onde também fica a sede do Partido Comunista iraquiano, que, a princípio, não era o alvo da ação. No começo da manhã, outra bomba explodiu no bairro de Al Dura, no sul da capital, matando quatro pessoas e ferindo cinco, todos elas funcionárias de uma associação local que na hora iam para o trabalho.
A cidade de Mossul (450 quilômetros ao norte de Bagdá) também foi hoje palco de violência, quando um carro-bomba, acionado por controle remoto, explodiu durante a passagem de uma patrulha iraquiano-americana, matando duas pessoas e ferindo outras três, todos civis, com exceção de um dos feridos, segundo fontes do Ministério da Defesa do país.
Em outro incidente em Mossul, soldados americanos de um posto de controle dispararam contra um veículo que lhes pareceu suspeito. Os cinco ocupantes do carro, todos civis, morreram.
Segundo o comando militar americano, a alta velocidade do carro despertou suspeitas nos soldados, que disseram que o veículo se aproximava "perigosamente" do posto de controle, razão pela qual dispararam de forma preventiva.
Hoje também foi anunciada a morte de quatro fuzileiros navais na quinta-feira, junto à fronteira síria, o que eleva para nove o número de militares americanos mortos na região na operação que está sendo realizada há uma semana contra a insurgência.
Segundo um comunicado militar americano, o incidente de quinta-feira aconteceu entre a cidade de Al Qaim, a maior desta região de fronteira, e a localidade de Karable. Os fuzileiros, segundo as fontes, morreram em confronto com os rebeldes.
Laith Quba, porta-voz do primeiro-ministro iraquiano, Ibrahim al-Jaafari, reconheceu na rádio nacional iraquiana que foi o governo de Bagdá que pediu à força multinacional encabeçada pelos EUA que lançasse uma operação na região fronteiriça.
A operação, disse Quba, foi decidida após informações fornecidas por um colaborador do jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, o líder da Al Qaeda no Iraque, que após ser detido afirmou que pelo menos 120 insurgentes, entre eles árabes não iraquianos, se escondiam na área.
Um comunicado assinado pela Organização da Al Qaeda na Mesopotâmia, dirigida por Al-Zarqawi, e distribuído hoje em várias mesquitas sunitas de Bagdá assegura que as perdas sofridas pelos extremistas islâmicos foram de 42 pessoas, e não de cem, como informaram os militares americanos.
O comunicado, que assegura que os rebeldes pensam em dar continuidade à "batalha santa pela libertação" do Iraque, afirma que 40 integrantes do exército americano morreram, dois aviões de combate foram derrubados e 20 veículos militares foram destruídos.
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