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Internacional
Sexta - 14 de Dezembro de 2012 às 13:44

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Pelo menos duas pessoas morreram e outras sete ficaram feridas nesta sexta-feira após a explosão de um carro-bomba em uma rua do centro de Mogadíscio, a capital da Somália.

O carro, carregado com explosivos, estava estacionado na mesma rua em que circulava um comboio da Missão da União Africana na Somália (AMISOM), afirmou o porta-voz da polícia somali e chefe do departamento de investigações criminais, Abdulahi Hassan Barise.

"A explosão do carro-bomba foi muito forte. Duas pessoas morreram e outras sete ficaram feridas", assegurou Barise. "Sabemos que (os fundamentalistas islâmicos do) Al Shabab estão por trás deste ataque, já que o objetivo desta ação era atingir o comboio da AMISOM", afirmou o porta-voz policial, embora nenhum grupo opositor tenha assumido a autoria do atentado.

No entanto, o Al Shabab já assumiu inúmeros outros ataques similares em Mogadíscio, de onde se retiraram em agosto de 2011, mas segue articulando constantes ataques.

Apesar dos avanços conseguidos neste ano no campo político, que pôs fim a um Executivo de transição com a escolha de um Parlamento, um presidente e um primeiro-ministro, a Somália ainda se encontra imersa em um complexo conflito armado.

Neste, as tropas da AMISOM, o Exército da Somália, as Forças Armadas da Etiópia e várias milícias governistas combatem os fundamentalistas islâmicos do Al Shabab, uma milícia radical dominante desde 2006.

O Al Shabab, que em fevereiro anunciou sua união formal à rede terrorista Al Qaeda, luta para instaurar um Estado islâmico de corte wahhabista na Somália.

Embora as tropas aliadas tenham tomado no final de setembro o principal reduto do Al Shabab, a cidade litorânea sulina de Kismayo, os radicais ainda controlam boa parte do centro e do sul da Somália, onde o frágil Executivo do país ainda não pode impor sua autoridade.

A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohammed Siad Barre, o que deixou o país sem um governo efetivo e em mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra e grupos delinquentes armados.





Fonte: Reuters

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