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Cotistas têm as melhores notas na Uerj, diz estudo
Rio - Um estudo sobre o desempenho acadêmico dos estudantes que ingressaram na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 2003, graças ao sistema de cotas, mostrou que eles obtiveram notas mais altas do que os alunos que entraram da forma tradicional.
Entre os cotistas, o índice dos que atingiram coeficiente de rendimento (CR) de 7 a 10 foi de 49%; entre os não-cotistas, de 47%.
Os dados não são reconhecidos pela atual direção da Uerj, mas teriam sido coletados na gestão anterior, de Nilcéa Freire, hoje ministra da Secretaria Especial de Políticas Especiais para Mulheres, que deixou a instituição em 2003.
A diferença entre cotistas e não cotistas é pequena, mas, para os defensores das cotas, mostra que os negros e pobres são mais empenhados do que os universitários oriundos da rede particular de ensino.
“Os alunos estavam na mesma sala de aula, com o mesmo professor e os pobres foram melhores. Isso acontece porque eles têm mais determinação”, afirmou o frei David Santos, diretor executivo da Rede de Pré-Vestibulares Educafro, que mantém 255 cursinhos para carentes, no Rio e em São Paulo.
Abandono e aprovação
Os dados revelam ainda que o número de estudantes que tiveram CR zero, por abandonarem o curso, é maior entre os não-cotistas: 13,6%, contra 6,8% dos cotistas.
A percentagem dos que foram aprovados em todas as disciplinas de seus cursos foi similar nos dois grupos.
No entanto, o CR de zero a 5 foi verificado em maior quantidade entre os cotistas: 22,4%, sendo que a taxa entre os não-cotistas ficou em 21%. O CR de 5 a 7 também foi mais comum: 21,8% entre os cotistas e 18% entre os demais.
O relatório usou números coletados pelo Sistema Acadêmico de Graduação da Uerj na gestão de Nilcéa Freire. Segundo o frei David, os sucessores de Nilcéa decidiram não divulgar os resultados.
Contra cotas
O frade acusa a sub-reitora de Graduação, Raquel Villardi, de esconder o êxito dos cotistas.
“Ela me disse que, se a pesquisa com o sucesso dos cotistas fosse divulgada, a Uerj seria prejudicada porque o governo do Estado repassaria menos dinheiro”, afirmou o frade.
Procurada pela reportagem durante toda a terça-feira, Raquel não foi encontrada para comentar o assunto. À noite, através de sua secretária, ela disse que não comentaria a pesquisa porque a desconhece.
Superação
Para o professor Cláudio Lopes, coordenador do programa que fornece bolsas aos cotistas, eles têm se superado cada vez mais.
“Eu acredito nessas pessoas”, disse. “É uma questão de sobrevivência. Muitos desses jovens estão sendo jogados no tráfico porque o Brasil não vê os nossos valores.”
Segundo Lopes, atualmente a Uerj tem 4.700 alunos que entraram graças à reserva de vagas. A Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), 300.
Os dados não são reconhecidos pela atual direção da Uerj, mas teriam sido coletados na gestão anterior, de Nilcéa Freire, hoje ministra da Secretaria Especial de Políticas Especiais para Mulheres, que deixou a instituição em 2003.
A diferença entre cotistas e não cotistas é pequena, mas, para os defensores das cotas, mostra que os negros e pobres são mais empenhados do que os universitários oriundos da rede particular de ensino.
“Os alunos estavam na mesma sala de aula, com o mesmo professor e os pobres foram melhores. Isso acontece porque eles têm mais determinação”, afirmou o frei David Santos, diretor executivo da Rede de Pré-Vestibulares Educafro, que mantém 255 cursinhos para carentes, no Rio e em São Paulo.
Abandono e aprovação
Os dados revelam ainda que o número de estudantes que tiveram CR zero, por abandonarem o curso, é maior entre os não-cotistas: 13,6%, contra 6,8% dos cotistas.
A percentagem dos que foram aprovados em todas as disciplinas de seus cursos foi similar nos dois grupos.
No entanto, o CR de zero a 5 foi verificado em maior quantidade entre os cotistas: 22,4%, sendo que a taxa entre os não-cotistas ficou em 21%. O CR de 5 a 7 também foi mais comum: 21,8% entre os cotistas e 18% entre os demais.
O relatório usou números coletados pelo Sistema Acadêmico de Graduação da Uerj na gestão de Nilcéa Freire. Segundo o frei David, os sucessores de Nilcéa decidiram não divulgar os resultados.
Contra cotas
O frade acusa a sub-reitora de Graduação, Raquel Villardi, de esconder o êxito dos cotistas.
“Ela me disse que, se a pesquisa com o sucesso dos cotistas fosse divulgada, a Uerj seria prejudicada porque o governo do Estado repassaria menos dinheiro”, afirmou o frade.
Procurada pela reportagem durante toda a terça-feira, Raquel não foi encontrada para comentar o assunto. À noite, através de sua secretária, ela disse que não comentaria a pesquisa porque a desconhece.
Superação
Para o professor Cláudio Lopes, coordenador do programa que fornece bolsas aos cotistas, eles têm se superado cada vez mais.
“Eu acredito nessas pessoas”, disse. “É uma questão de sobrevivência. Muitos desses jovens estão sendo jogados no tráfico porque o Brasil não vê os nossos valores.”
Segundo Lopes, atualmente a Uerj tem 4.700 alunos que entraram graças à reserva de vagas. A Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), 300.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/339984/visualizar/
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