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Esportes
Quarta - 11 de Maio de 2005 às 08:55

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O desempenho de Márcio Bittencourt como técnico que dirigirá o Corinthians interinamente pode ganhar fôlego dependendo dos resultados que a equipe conquistar nos próximos jogos do Brasileirão, a começar no confronto do próximo domingo, contra o Atlético-PR. Mas, apesar do apoio ao 'tampão' do demitido Daniel Passarella, o clube e sua parceira trabalham sigilosamente pela chegada de um substituto.

Mesmo negando que exista pressa para contratar um novo técnico, procurando dar suporte ao trabalho do auxiliar-técnico, Corinthians e MSI já vinha trabalhando por um substituto de Passarella mesmo antes da demissão oficial do técnico argentino, que aconteceu apenas nesta terça-feira.

O Pelé.Net apurou que, na semana passada, após a derrota por 2 x 0 para o Figueirense, que sacramentou a eliminação da equipe da Copa do Brasil, um representante da MSI procurou Vanderlei Luxemburgo, atual técnico do Real Madrid, vice-líder do Campeonato Espanhol que ainda alimenta remotas chances de tirar o título do Barcelona.

Seguro de que continuará no clube que deu origem ao termo 'galáctico' no futebol mundial, Luxemburgo recusou categoricamente o convite do clube que emprestou o termo para classificar o alto nível dos jogadores que foram contratados pela MSI.

Mas Luxemburgo não foi o único técnico que entrou na lista da parceira do Corinthians. Nome favorito da cúpula do clube, Emerson Leão repetiu estratégia adotada na ocasião que o clube demitiu Tite e acertou com Passarella: usando um intermediário, procurou o clube para abrir negociação.

Campeão paulista pelo São Paulo em abril, Leão foi dirigir o Vissel Kobe alegando dívida de gratidão com um amigo que pediu ajuda para salvar a equipe do rebaixamento no Campeonato Japonês. Mas com resultados negativos e a iminente queda para a Segundona, o técnico campeão brasileiro com o Santos em 2000 reabriu contato com o Corinthians.

O alto pedido salarial, no entanto, se transformou no principal entrave para o desfecho do negócio. Pedindo cerca de R$ 600 mil para dirigir o Corinthians, Leão aguarda a diretoria do clube entrar em um acordo, já que a MSI começa a considerar a hipótese de pagar até R$ 500 mil mensais pelo treinador.

"Se todo profissional tem interesse em trabalhar no Corinthians, não tenho que acelerar nada. Só preciso de paz e equilíbrio, não tenho porque me afobar", afirma Paulo Angioni, diretor da MSI, que considera "a pressa inimiga da perfeição" e algo que "pode precipitar erros" na decisão a ser tomada pelo clube.

Defendendo Márcio Bittencourt como a melhor solução para o momento, o homem de confiança de Kia Joorabchian diz que "estou olhando pela coerência" para evitar uma decisão que defina imediatamente o substituto de Passarella, até porque os jogadores, representados pelo capitão Ânderson acreditam que o ex-volante do clube poder "ajudar bastante por conhecer bem o grupo".

"O Márcio tem qualidade, vivência dentro do Corinthians. Me dá total confiança para acreditar nele. Não tenho porque ter pressa", diz Angioni, que acabou revelando que alguns treinadores, por meio de empresários, vêm fazendo contato com o clube desde o momento que a situação de Daniel Passarella se tornou um estorvo para o clube.

Angioni, no entanto, nega que Leão tenha adotado tal postura. "O Leão é concorrido, não precisa disso. Mas muitos outros precisam, os que estão fora da mídia", afirmou o diretor da parceira responsável por investimentos que, sem contar a provável contratação de Javier Mascherano, já injetaram quase US$ 40 milhões no Corinthians.

Apesar das indefinições, uma certeza a parceria entre Corinthians e MSI já tem: "Não tem a hipótese de um estrangeiro dirigir o time hoje. Vai ser um técnico brasileiro", jura Andrés Sanchez, vice-presidente de futebol do clube.





Fonte: Pelé.Net

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