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Sexta - 14 de Dezembro de 2012 às 08:32

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Kelly Martins/G1
Pelo menos três nomes do futuro secretariado do prefeito Mauro Mendes (PSB) já estariam confirmados, o médico Kamil Fares, que é presidente do PDT de Cuiabá, mas muito mais uma indicação técnica do que política que vai para a Pasta da Saúde, Gilberto Figueiredo, atual diretor do Senai ligado ao ensino profissionalizante, que ocupará a pasta da Educação e Fábio Garcia, que deve ir para a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Econômico, Cidadania e Juventude, que é uma estrutura nova criada a partir da fusão das atuais pastas de Juventude e de Trabalho e Desenvolvimento Econômico.

A maior dificuldade do prefeito eleito tem sido arregimentar colaboradores técnicos, mas com perfis políticos com disponibilidade de assumirem funções públicas, primeiro por causa da baixa remuneração que gira em torno de R$ 9,2 mil brutos e do impedimento que os mesmos passam a ter de manterem relações com o poder público municipal por fazerem parte do staff oficial, ou seja, um empresário que assume cargo público fica impedido de negociar com o poder público e segundo a Constituição Federal, tem que se desincompatibilizar de suas funções privadas.

Para piorar a situação, os cargos de nível médio, abaixo do secretário municipal, têm salários que variam entre R$ 6 mil e R$ 4 mil, ambos valores brutos, o que tem afastado também a possibilidade de se levar os técnicos da área privada para ocuparem funções publicas diante de tamanha diferença entre o que o poder público remunera de salário e gratificação e o que se recebe hoje de vantagens na iniciativa privada. Alguns empresários de sucesso recebem remunerações de até R$ 60 mil, entre salários e prêmios, coisa improvável e irreal no Poder Público.

"Mauro Mendes assumiu compromissos que vão exigir dele e de sua equipe de trabalho muita dedicação exclusiva e empenho", confidenciou um dos mais próximos ao novo prefeito que já sinalizou não assumir cargos diante dos afazeres que tem em suas empresas. "Não vou assumir funções públicas, mas no que eu puder auxiliarei o novo prefeito e ajudarei na definição de nomes do novo secretariado", assegurou o amigo pessoal de Mauro Mendes.

O prefeito eleito tem conversado pessoalmente com aqueles que deseja que assumam funções em sua administração e tem cobrado choque de gestão para atender a expectativa da população com o seu governo. O choque de gestão é para deixar claro que as coisas vão mudar, mas que não se vai prometer o que não se pode cumprir e que existe limite para tudo e para todos.

Em recente entrevista na Rádio CBN Cuiabá, Mauro Mendes se demonstrou impressionado com alguns problemas que terá que enfrentar a partir de 1º de janeiro, pontuando que em algumas situações será necessário um esforço redobrado para conseguir cumprir os compromissos feitos na campanha eleitoral. "Vamos precisar de empenho e dedicação redobrados para conseguir colocar Cuiabá de volta no trilho do desenvolvimento", disse o prefeito eleito de forma precavida ao reconhecer que receberá a administração de Chico Galindo (PTB) em melhores condições do que o mesmo recebeu, mas que será preciso fazer muito.

O futuro secretariado deverá ser anunciado até o próximo dia 27 de dezembro, ou seja, três dias antes da posse e do início do novo governo municipal que além dos problemas tem pela frente a necessidade de aperfeiçoar suas ações para a Copa do Mundo em 2014, que acontecerá na metade do mandato do futuro prefeito Mauro Mendes que deve ser candidato à reeleição em 2016 se não sair ainda em 2014 para disputar o Governo do Estado na sucessão de Silval Barbosa (PMDB).




Fonte: A Gazeta

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