Carros-bomba matam pelo menos nove em Bagdá

Pelo menos nove pessoas morreram e no mínimo outras 17 ficaram feridas em dois atentados suicidas com carro-bomba realizados nesta terça-feira em Bagdá, informaram fontes do Ministério do Interior iraquiano.

Dois soldados americanos morrem em combate

O primeiro atentado causou cerca de oito mortes, se deu por volta das 9h (2h de Brasília) e teve como alvo um grupo de policiais que inspecionava um veículo suspeito perto de um cinema na rua Sadun, próxima à Praça da Libertação (Praça Tahrir), acrescentaram as fontes. As forças de segurança iraquianas isolaram a área onde aconteceu o atentado, enquanto várias ambulâncias foram ao local atender os feridos.

Duas horas mais tarde, uma segunda explosão ocorreu em um bairro do oeste da capital iraquiana, informaram fontes policiais, que confirmaram pelo menos uma morte no ataque.

Segundo as fontes, o segundo atentado ocorreu por volta das 11h (4h de Brasília), perto dos hotéis Al Hamra e Al Zuhur, assim como da embaixada da Austrália, no bairro de Al Jaderiya, na margem oriental do rio Tigre.

Várias testemunhas disseram que o ataque teve como alvo um quartel da polícia iraquiana na região, o que não foi confirmado até o momento.

Os novos atentados acontecem um dia depois de o exército americano anunciar a morte de dezenas de supostos insurgentes em uma ampla operação militar na conflituosa província de Al Anbar, no oeste do Iraque.

A ofensiva americana foi lançada há dois dias em Al Anbar, depois que os insurgentes intensificaram sua campanha de violência em todo o Iraque e mataram por volta de 300 pessoas, incluindo militares dos EUA e policiais iraquianos, após a formação do novo governo iraquiano, em 28 de abril.

A maioria dos ataques suicidas com carros-bomba dos últimos onze dias foi atribuída à "Organização da Al Qaeda para a Jihad (Guerra Santa) na Mesopotâmia", liderada pelo jordaniano Abu Musab al-Zarqawi.