![Sorteio Geladeira](/promocao/banner_geladeira.gif)
![Sorteio Geladeira](/promocao/banner_geladeira_300x100.gif)
Coordenador da Funasa no Mato Grosso do Sul pede afastamento do cargo
Gaspar Hickman afirma que os documentos utilizados pela comissão da Câmara para fazer as denúncias foram obtidos de forma ilícita e que, por isso, as acusações não podem ser consideradas verdadeiras. "Só o fato de o documento ter sido obtido de forma ilícita, já perde a validade. Um parlamentar, para divulgar notícia, deveria solicitar os documentos em caráter oficial".
Ele defende que a apuração do caso seja feita o mais rápido possível. "Considerando os constantes ataques políticos, peço afastamento do cargo, mas sou um dos primeiros a querer a apuração do caso".
Para o coordenador da Comissão Externa da Câmara, deputado Geraldo Resende (PPS-MS), o pedido de afastamento de Hickman é prova de que os indícios de irregularidades são verdadeiros. "Os documentos são autênticos. Foram fonecidos por servidores da Funasa que estavam desconfortáveis com a situação existente na instituição que levou à morte 36 índios. O Gaspar solicitou sua saída porque, certamente, sua consciência está pesando. É responsabilidade dele não ter apontado caminhos para evitar essa tragédia".
Os documentos da Comissão Externa da Câmara apontam gastos excessivos com manutenção de carros e bombas d’água, por exemplo. Os documentos também mostram gastos, em dezembro do ano passado, de R$ 295 mil com consertos de carros quebrados. "As estradas são esburacadas e os carros são antigos. Esse valor foi gasto em outubro, novembro e dezembro. Não em apenas um dia, como o relatório quer dar a entender", afirma Hickman.
O deputado Geraldo Resende diz que esses gastos consumiram quase todo o orçamento da Funasa em 2004. "Ele (Hickman) esquece de dizer que, em fevereiro, em uma semana, foram gastos R$ 195 mil. Somando tudo, dá mais de R$ 500 mil. E a Funasa só tem 100 carros que são novos. Esses gastos consumiram quase a totalidade dos recursos da Funasa no ano passado".
Para o deputado, a escolha do coordenador-executivo da Funasa para assumir interinamente a coodenadoria regional da instiuição é sinal de que a situação no local é grave. "Se a Funasa manda o segundo homem mais forte na diretoria, logicamente, deve ter sentido que onde há fumaça há fogo", afirmou.
A comissão interministerial, criada pelo governo para fazer uma análise da situação indígena em Dourados, chegou hoje (9) à cidade. "A situação está muito grave para o Gaspar dizer que está tudo normal", diz o deputado.
Comentários