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Flávia Nogueira apresenta projetos a pesquisadores portugueses
“Estamos no caminho certo”. A afirmação foi feita pela secretária de Estado de Ciência e Tecnologia, Flávia Nogueira, referindo-se às políticas adotadas pelo Governo de Mato Grosso em relação à Educação Profissional. Iniciativas como a criação do Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ceprotec) e do Fundo Estadual de Educação Profissional (Feep) foram apresentadas por ela a pesquisadores de Portugal e da Espanha, no Congresso Internacional de Educação e Trabalho, ocorrido entre os dias 2 e 4 de maio na Universidade de Aveiro, em Portugal.
O enfoque dado em Mato Grosso ao aumento da escolaridade do aluno, e não apenas no seu treinamento para o trabalho, está de acordo com as mais modernas tendências políticas de Educação Profissional do mundo, segundo a secretária.
Outros estados brasileiros também apresentaram suas experiências no encontro, mas todos têm dificuldade para promover uma educação mais ampla nos cursos profissionalizantes. Isso se dá devido aos custos envolvidos na contratação de professores, o que em Mato Grosso não ocorre, devido à criação de um plano de cargos e carreiras específicos para os profissionais de Educação Profissional. “A criação desse plano foi algo pioneiro no Brasil”, destacou.
FUNDO - Segundo Flávia Nogueira, a maneira com que o governo de Portugal encaminha a Educação Profissional é parecida com a aplicada em Mato Grosso. Porém uma diferença crucial é que, ao contrário de Mato Grosso, Portugal não conta com um fundo contínuo para a área; os recursos utilizados vêm do Fundo Social Europeu, que deve perdurar até 2010.
Outro problema enfrentado pelo país é o crescimento da taxa de desemprego, causado pela alta nos custos da mão-de-obra, mais bem formada devido aos investimentos do governo na qualificação profissional. “Essa mão-de-obra ficou cara demais para as empresas, que estão saindo de Portugal migrando para outros países que estão ingressando na União Européia”, explica a secretária.
Com isso, os desempregados estão voltando às escolas, em busca de mais qualificação. “A formação virou alternativa ao desemprego.”
MELHORIA – As observações feitas no encontro de Portugal também serviram para mostrar em que o Estado ainda precisa melhorar na área. A prática do estágio, por exemplo, será um ponto a ser rediscutido. De acordo com Flávia, o principal desafio apresentado no encontro foi a dificuldade em interligar a formação teórica com a prática profissional que o estudante terá. Uma das propostas apresentadas foi a formação no contexto do trabalho, isto é, a busca de uma ligação total entre teoria e prática. Em Portugal, 50% da carga horária do curso é dedicada à prática. “Há escolas que primeiro oferecem a prática ao aluno e só depois a teoria; há escolas de arte na qual o aluno precisa montar uma peça de teatro para ser considerado formado”, disse ela. “Vamos ter que repensar o nosso estágio; o Ceprotec terá que preparar tanto o professor quanto o profissional que irá receber o aluno para o estágio.” O objetivo é que o aluno possa estagiar em um ambiente igual ao que ele terá quando formado, realizando as mesmas tarefas.
COMPETÊNCIAS - Outra questão que terá que ser rediscutida é a lista de competências e habilidades, adotada pelo MEC para formar os currículos dos cursos profissionalizantes, que estabelece um limite de 23 áreas para as quais são elencadas as competências e habilidades que o indivíduo precisa ter para exercer determinada profissão.
Flávia lembrou que esse tipo de formação é muito criticado pelos pedagogos, pois limita o número de habilidades que a pessoa pode desenvolver; ela também ignora o fato de que muitas pessoas, embora não possuam a habilidade estipulada, desenvolvem outras que compensam e fazem delas bons profissionais. Além disso, a lista de habilidades e competências foi adaptada do Ministério do Trabalho, não tendo sido discutida com os educadores antes de ter sido adotada. “Isso forma o profissional de maneira muito fechada, sem lhe dar chance para se desenvolver mais amplamente”, disse ela. “Porém, essa é uma determinação federal, temos que discutir o que podemos fazer aqui no Estado.”
O enfoque dado em Mato Grosso ao aumento da escolaridade do aluno, e não apenas no seu treinamento para o trabalho, está de acordo com as mais modernas tendências políticas de Educação Profissional do mundo, segundo a secretária.
Outros estados brasileiros também apresentaram suas experiências no encontro, mas todos têm dificuldade para promover uma educação mais ampla nos cursos profissionalizantes. Isso se dá devido aos custos envolvidos na contratação de professores, o que em Mato Grosso não ocorre, devido à criação de um plano de cargos e carreiras específicos para os profissionais de Educação Profissional. “A criação desse plano foi algo pioneiro no Brasil”, destacou.
FUNDO - Segundo Flávia Nogueira, a maneira com que o governo de Portugal encaminha a Educação Profissional é parecida com a aplicada em Mato Grosso. Porém uma diferença crucial é que, ao contrário de Mato Grosso, Portugal não conta com um fundo contínuo para a área; os recursos utilizados vêm do Fundo Social Europeu, que deve perdurar até 2010.
Outro problema enfrentado pelo país é o crescimento da taxa de desemprego, causado pela alta nos custos da mão-de-obra, mais bem formada devido aos investimentos do governo na qualificação profissional. “Essa mão-de-obra ficou cara demais para as empresas, que estão saindo de Portugal migrando para outros países que estão ingressando na União Européia”, explica a secretária.
Com isso, os desempregados estão voltando às escolas, em busca de mais qualificação. “A formação virou alternativa ao desemprego.”
MELHORIA – As observações feitas no encontro de Portugal também serviram para mostrar em que o Estado ainda precisa melhorar na área. A prática do estágio, por exemplo, será um ponto a ser rediscutido. De acordo com Flávia, o principal desafio apresentado no encontro foi a dificuldade em interligar a formação teórica com a prática profissional que o estudante terá. Uma das propostas apresentadas foi a formação no contexto do trabalho, isto é, a busca de uma ligação total entre teoria e prática. Em Portugal, 50% da carga horária do curso é dedicada à prática. “Há escolas que primeiro oferecem a prática ao aluno e só depois a teoria; há escolas de arte na qual o aluno precisa montar uma peça de teatro para ser considerado formado”, disse ela. “Vamos ter que repensar o nosso estágio; o Ceprotec terá que preparar tanto o professor quanto o profissional que irá receber o aluno para o estágio.” O objetivo é que o aluno possa estagiar em um ambiente igual ao que ele terá quando formado, realizando as mesmas tarefas.
COMPETÊNCIAS - Outra questão que terá que ser rediscutida é a lista de competências e habilidades, adotada pelo MEC para formar os currículos dos cursos profissionalizantes, que estabelece um limite de 23 áreas para as quais são elencadas as competências e habilidades que o indivíduo precisa ter para exercer determinada profissão.
Flávia lembrou que esse tipo de formação é muito criticado pelos pedagogos, pois limita o número de habilidades que a pessoa pode desenvolver; ela também ignora o fato de que muitas pessoas, embora não possuam a habilidade estipulada, desenvolvem outras que compensam e fazem delas bons profissionais. Além disso, a lista de habilidades e competências foi adaptada do Ministério do Trabalho, não tendo sido discutida com os educadores antes de ter sido adotada. “Isso forma o profissional de maneira muito fechada, sem lhe dar chance para se desenvolver mais amplamente”, disse ela. “Porém, essa é uma determinação federal, temos que discutir o que podemos fazer aqui no Estado.”
Fonte:
Assessoria/Secitec
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/340429/visualizar/
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