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Produtores ameaçam abandonar "parceria das estradas" em MT
Soja em baixa e um câmbio desvaforável reduzem meta de pavimentação no Centro-Oeste. Um dos mais festejados exemplos de parceria entre o governo e a iniciativa privada, a construção de estradas no Mato Grosso com dinheiro dos agricultores está ameaçada.
O programa, que já asfaltou 763 km nos últimos dois anos - o equivalente à distância entre São Paulo e Florianópolis -, foi colocado em xeque com os baixos preços da soja e as oscilações da moeda. O câmbio tem papel importante porque, no cultivo da oleaginosa, os ativos são dolarizados: tanto o adubo, adquirido no ano passado a um câmbio de R$ 3,20, quanto a soja em si, que ontem foi negociada a uma taxa muito menor, de R$ 2,46.
Por conta das dificuldades financeiras, os produtores reduziram as metas de construção de estradas. Inicialmente, esperavam asfaltar 800 km, mas com a inadimplência batendo à porta a meta foi revista para 400 km.
"Apesar da redução, tenho confiança que as obras não vão parar, porque os benefícios superam em muito o investimento", diz o governador de Mato Grosso e maior produtor de soja do mundo, Blairo Maggi. "As estradas valorizam o preço das propriedades, reduzem os custos do frete e o desgaste das carretas e caminhões", afirma.
Os agricultores, no entanto, não estão tão confiantes. A inadimplência das obras deste ano chega a 30%. "Na minha região, a dívida com fornecedores, como a Petrobras, já chega a R$ 1 milhão", diz Orcival Guimarães, produtor de Lucas do Rio Verde, no centro do Mato Grosso.
O programa, que já asfaltou 763 km nos últimos dois anos - o equivalente à distância entre São Paulo e Florianópolis -, foi colocado em xeque com os baixos preços da soja e as oscilações da moeda. O câmbio tem papel importante porque, no cultivo da oleaginosa, os ativos são dolarizados: tanto o adubo, adquirido no ano passado a um câmbio de R$ 3,20, quanto a soja em si, que ontem foi negociada a uma taxa muito menor, de R$ 2,46.
Por conta das dificuldades financeiras, os produtores reduziram as metas de construção de estradas. Inicialmente, esperavam asfaltar 800 km, mas com a inadimplência batendo à porta a meta foi revista para 400 km.
"Apesar da redução, tenho confiança que as obras não vão parar, porque os benefícios superam em muito o investimento", diz o governador de Mato Grosso e maior produtor de soja do mundo, Blairo Maggi. "As estradas valorizam o preço das propriedades, reduzem os custos do frete e o desgaste das carretas e caminhões", afirma.
Os agricultores, no entanto, não estão tão confiantes. A inadimplência das obras deste ano chega a 30%. "Na minha região, a dívida com fornecedores, como a Petrobras, já chega a R$ 1 milhão", diz Orcival Guimarães, produtor de Lucas do Rio Verde, no centro do Mato Grosso.
Fonte:
Gazeta Mercantil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/340527/visualizar/
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