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Nacional
Segunda - 09 de Maio de 2005 às 10:37
Por: Paulo Maciel

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São Paulo - Militares da ativa têm participado cada vez mais das reuniões para discutir o reajuste da categoria, o que não é permitido pelo estatuto dos militares. "Enquanto não há um cuidado especial para com as Forças, há uma revolta na tropa. E a simples participação, embora de forma silenciosa, nas reuniões, já expressa essa revolta", afirmou a presidente da União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas (Unemfa), Ivone Luzardo, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes.

Desde o começo de abril, Ivone, juntamente com outras mulheres de militares, vem cobrando do governo Lula o aumento de 23% prometido à categoria. "Do meu ponto de vista pode ocorrer, sim (a insubordinação dos militares). Os indícios são as participações que nós temos dos homens nas reuniões nas quadras militares do Distrito Federal."

"A tropa sente que é má vontade"

Embora tenha poupado o ministro da Defesa e vice-presidente, José Alencar, Ivone Luzardo criticou abertamente a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com relação ao caso. "Há um descontentamento profundo para com o presidente. A tropa sente que é má vontade", opinou a presidente da Unemfa. Ela insinuou que a categoria poderá usar todo o peso eleitoral de seus componentes para pressionar o governo pelo reajuste. "Nós ultrapassamos cinco milhões de pessoas", estimou Ivone. "E isso vai fazer diferença na hora da eleição."





Fonte: Agência Estado

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