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Internacional
Sábado - 07 de Maio de 2005 às 21:44

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Um padre polonês, acusado de ter espionado o falecido papa João Paulo II, repassou informações a agentes secretos durante o período da Guerra Fria, admitiu neste sábado o chefe de sua ordem religiosa.

O padre Konrad Hejmo, no entanto, era descuidado e despreocupado, não um espião, ponderou o chefe da ordem dos Dominicanos, padre Maciej Zieba. Hejmo foi suspenso de suas atividades na "Casa de Peregrinação", albergue que hospeda cléricos poloneses em Roma, enquanto o tema é investigado.

Documentos divulgados no mês passado indicaram que o padre Hejmo repassou informações sobre o papa durante os anos 1980. Na época, as autoridades comunistas da Polônia estavam em confronto com o movimento Solidariedade que tinha o apoio de João Paulo II.

Hejmo admitiu ter transmitido informações a agentes secretos, mas enfatizou ter agido por "boa-fé".

"Ele não era um colaborador, não era um espião ou um agente secreto. Ele forneceu informações e se tornou perigoso porque ele havia repassado notícias reais de maneira muito aberta", afirmou Zieba.

"Mesmo que estejamos irritados com ele, temos de lembrar que ele é nosso irmão", acrescentou a repórteres na Praça de São Pedro.

Segundo o Instituto Polonês de Recordação Nacional, seria improvável que Hejmo tivesse acesso a documentos que pudessem colocar o papa em risco.

No mês passado, o padre Hejmo afirmou que repassou informações genéricas pinçadas de jornais locais a visitantes poloneses, os quais não sabia que, na verdade, eram espiões.





Fonte: Reuters

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