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Internacional
Sábado - 07 de Maio de 2005 às 19:40

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O secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, disse em entrevista publicada neste sábado na Argentina que "árabes e latino-americanos devem chegar a um acordo para prosperar neste mundo dominado por EUA e Europa".

"Não há outra solução. Árabes e latino-americanos devem chegar a um acordo para prosperar neste mundo. É nosso destino", disse Moussa em referência à Cúpula de Países Sul-americanos e Árabes que será realizada nos dias 10 e 11 de maio em Brasília.

Em entrevista ao jornal Clarín, o secretário-geral da Liga Árabe afirmou que "o mais importante é que a Cúpula abrirá um caminho para a integração dos dois blocos".

"Os bancos árabes têm muito dinheiro em seus cofres. Na América do Sul há um mercado de 300 milhões de pessoas. Todos precisamos de tecnologia independente. No sul da América há carne e cereais para todos. É um mundo novo que temos de compartilhar", acrescentou Moussa.

Durante sua passagem por Buenos Aires antes de viajar para o Brasil, o dirigente da Liga Árabe afirmou que a Cúpula "tem enorme importância para árabes e sul-americanos", já que "todos os governos enviaram autoridades da máxima representação".

Assim, Moussa, de nacionalidade egípcia, ignorou que apenas sete dos 22 chefes de Estado da Liga Árabe confirmaram presença na cúpula de Brasília.

"Não é só a Cúpula política. Haverá uma reunião muito importante em São Paulo de empresários de todos os países e dali tenho certeza que sairão tantos ou mais negócios dos que possam acertar os chefes de Estado", advertiu o secretário-geral.

Fontes do governo argentino comentaram à EFE que os 22 países da Liga Árabe importam cerca de 150 bilhões de dólares por ano em alimentos, o que os transforma em um mercado muito importante para o comércio exterior sul-americano. "O Mercosul, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, tem muito espaço para ganhar nos mercados árabes", acrescentaram.

Moussa disse que "Israel merece ser criticado nesta Cúpula e em qualquer fórum onde estejam os países árabes por sua política no Oriente Médio". "Tenho certeza que haverá uma condenação à sua política no documento final da cúpula", disse, em referência ao país que, assim como os Estados Unidos, expressou preocupação com os resultados do encontro.

"Por outro lado, temos de trabalhar em conjunto com os EUA, e haverá uma relação plena quando Washington tiver uma visão mais equilibrada."





Fonte: EFE

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