Estudo relaciona taxa de fecundidade a índice IDH
Segundo o diretor do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Néri, os dados se explicam, por um lado, pelo elevado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nessas áreas. Santos, Niterói e São Caetano, que apresentam as menores taxas de fecundidade, estão entre as cidades com os maiores níveis de IDH. "Se as mães têm poucos filhos elas cuidam melhor deles, devotam mais recursos e mais tempo na educação das crianças", diz. "O que vai implicar em menor taxa de pobreza ou melhor condição social desses filhos."
Já no caso do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, o diretor diz que a baixa taxa de fecundidade é apresentada por causa da alta densidade demográfica. "Áreas muito populosas também levam a um freio na natalidade", diz Marcelo Néri.
O estudo revela ainda o município de Caruá (PA), uma cidade pobre e isolada, como o com maior número de filhos (3,2 por mulher). "Isso quer dizer que não se trata apenas de pobreza. Isolamento geográfico também explica boa parte dos diferenciais de fecundidade dos municípios brasileiros", afirma o especialista da FGV.
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