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Policia MT
Quinta - 13 de Dezembro de 2012 às 15:27

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Delegado João Bosco (detalhe):
Delegado João Bosco (detalhe): "O laudo é que vai confirmar se houve afogamento ou se a vítima foi afogada"

O esclarecimento da morte do pedreiro João Gonçalo de Campos, de 53 anos, encontrando morto no dia 16 de novembro num dos tanques da Fazenda São João, pertencente ao bicheiro João Arcanjo Ribeiro, depende do laudo de necrópsia.

Inicialmente, havia a informação de que fora encontrado areia nos pulmões dele, mas a quantidade seria mínima, indicando afogamento, e não assassinato. Dias após crime, os depoimento dos dois seguranças e do gerente da Fazenda deixaram dúvidas quanto à autoria da morte do pedreiro.

“O laudo (de necrópsia) é que vai confirmar se houve afogamento ou se a vítima foi afogada. Os familiares falam uma coisa e a versão dos funcionários é contrária”, explicou o delegado João Bosco de Barros, responsável pelas investigações.

Segundo ele, existe coerência no depoimento do gerente e os dois funcionários da fazenda, afastando a hipótese de assassinato. Os dois seguranças negaram que tenham passado a noite e tampouco atirado contra os três homens que estavam pescando na noite do dia 14 de novembro.

Em seu depoimento, o gerente explicou que o setor de tanques da fazenda tem nove funcionários entre os pescadores e os responsáveis em espantar os pássaros. Os seguranças disseram que não tem a função de segurança e, sim, de espantar os pássaros que se alimentam de alevinos. O trabalho deles termina ao anoitecer e não fazem rondas no período noturno.

Eles confirmaram que tem uma motocicleta vermelha e garantiram que não trabalham armados. Ele negaram que tenham rendido o pedreiro, o irmão dele e um amigo, que estavam pescando quando João Gonçalo não foi mais visto.

“O que causa estranheza é que dois correram e o terceiro ficou e não voltaram mais. Os seguranças disseram que seria muito óbvio as testemunhas apontarem quem seriam os suspeitos”, observou o delegado.

Dos dois sobreviventes, o amigo do pedreiro, conhecido como Santana, não foi ouvido ainda e nem procurou o local do crime, como fez o irmão de João Gonçalo. O delegado adiantou que deverá ouvir também Santana para saber o que de fato ocorreu.

Conforme os policiais que participam das investigações, as testemunhas relataram que os seguranças atiraram para o alto apenas para assustar os três homens que entraram de forma ilegal na fazenda para pescar.

Na quarta-feira à noite (14), o pedreiro mais o irmão Jucinei e o amigo Santana foram pescar de vara num dos tanques da fazenda quando, por volta das 20h, foram cercados por dois supostos seguranças armados com escopetas que chegaram numa motocicleta vermelha.

Eles apontaram as armas para os três pescadores e ainda deram dois tiros que passaram próximo das vítimas.






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