Em nova volta, Guga vive pior fase
Os resultados comprovam que Guga está sofrendo mais para reencontrar sua melhor forma do que quando retornou ao circuito em abril de 2002, após a primeira cirurgia no quadril. Na ocasião, o tenista catarinense conquistou seis vitórias nos três primeiros torneios que disputou depois de voltar às quadras, contra apenas uma no mesmo número de competições em 2005. Dessa vez, ganhou apenas um jogo.
O Torneio de Mallorca foi o primeiro que Guga participou quando se recuperou da cirurgia em 2002. O brasileiro venceu o russo Nikolay Davydenko e o sueco Magnus Norman, antes de cair diante do argentino Gaston Gaudio, nas quartas-de-final.
No Masters Series de Roma, Guga derrotou o tenista da casa Davide Sanguinetti e perdeu na segunda rodada para o espanhol Albert Montañes.
Na semana seguinte, no Masters de Hamburgo, o brasileiro conseguiu seu resultado mais expressivo ao vencer três partidas consecutivas por 2 sets a 0 (contra o alemão Nicolas Kiefer, o romeno Andrei Pavel e o argentino Guillermo Cañas). Nas quartas-de-final, o suíço Roger Federer levou a melhor em confronto disputado, decidido somente no terceiro set.
Recuperado da segunda cirurgia, Guga retornou às competições da atual temporada no início de abril, quando disputou o Torneio de Valência. A vitória contra o belga Olivier Rochus por 2 a 0 deixou a impressão de que o tenista poderia alcançar resultados tão expressivos quanto os de 2002. No entanto, na segunda rodada, o espanhol Alberto Martin derrotou o brasileiro com facilidade.
Nos dois torneios seguintes, os Masters Series de Monte Carlo e Roma, Guga caiu logo na estréia diante do croata Mario Ancic e do britânico Tim Henman, respectivamente.
O brasileiro terá dois compromissos difíceis para tentar buscar resultados positivos. Na segunda-feira, ele começa a participação no Masters de Hamburgo, seu último torneio antes de Roland Garros, que terá início no dia 23 de maio.
Como ocupa a 110ª posição no ranking de entradas, Guga não terá o benefício de ser cabeça-de-chave em ambos as competições. Com isso, dependendo do sorteio, o tenista poderá ter rivais de maior expressão logo nas primeiras rodadas.
Apenas o terceiro melhor brasileiro do ranking da Corrida dos Campeões, em 162º, o catarinense está atrás de Ricardo Mello (65º) e Flávio Saretta (141º), Guga ainda tem fãs espalhados pelo Brasil, mas o tênis já perde na preferência nacional para outras modalidades, como a ginástica.
E, sem que outros tenistas consigam atingir o mesmo sucesso do brasileiro, o esporte pode enfrentar décadas de ostracismo no cenário brasileiro.
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