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Internacional
Sábado - 07 de Maio de 2005 às 07:44

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O presidente russo, Vladimir Putin, comparou o nazismo com o terrorismo internacional, porque ambos "são inimigos da dignidade humana, das liberdades e dos valores mais sagrados", como "o direito à vida".

Em uma coluna publicada hoje no jornal francês Le Figaro, o chefe do Estado russo, que acolherá a partir de amanhã em Moscou 50 governantes de todo o mundo para comemorar o fim da II Guerra Mundial, destacou o dever de memória dos povos e a necessidade de tirar "conclusões da vitória sobre o nazismo".

"A fidelidade a alguns valores cimentou nossos povos em um combate comum contra o nazismo, contra a ideologia da violência, da agressão e da superioridade racial. Hoje, a democracia e a liberdade, a justiça e o humanismo são os valores que nos unem sempre para a construção de um mundo civilizado e seguro", disse Putin.

A "tragédia" do nazismo obrigou os povos da Europa a unir-se, porque "pela primeira vez enfrentaram um perigo comum" e "encontraram sua coesão para lutar contra uma ameaça global".

Putin destacou o papel do exército da União Soviética na derrota do nazismo, "que sofreu três quartos de suas perdas" na frente do leste, embora assinale que "a II Guerra Mundial foi ganha por todos os aliados da coalizão contra Hitler e pelos antifascistas alemães".

Putin justificou o pacto entre a União Soviética e a Alemanha nazista anterior à guerra pelo medo que existia no país de ficar isolado.

O presidente russo foi muito crítico com seus "vizinhos bálticos", sem citar nenhum país concretamente, aos quais acusou de pedir à Rússia um ato de "arrependimento" com o único fim de "justificar a política discriminatória (...) de uma parte de sua própria população que fala russo" e para "ocultar a vergonha da colaboração passada".

"Qualquer ser normal só pode indignar-se ao constatar que, nesses países, foram erguidos monumentos em homenagem à SS", afirmou.

Apesar das críticas, Putin reiterou a vontade da Rússia de "iniciar um diálogo construtivo" com os "vizinhos bálticos" e "atar laços amistosos".

"Estamos dispostos a esperar e esperamos que nossos sócios, transformados há pouco em membros da União Européia, basearão sua política não nos complexos de ontem, mas nas realidades de hoje", assegurou.

Putin destacou a importância de aproximar os povos da Europa para conseguir "uma Grande Europa unida, desde o Atlântico até os Urais".

"O povo russo sempre teve o sentimento de fazer parte da família européia à qual lhe unem os mesmos valores culturais, morais e espirituais", declarou.





Fonte: EFE

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