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Internacional
Sexta - 06 de Maio de 2005 às 22:40

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Cairo - O líder oposicionista egípcio Ayman Nour denunciou que seus simpatizantes foram alvo de ataques numa cidade ao norte do Cairo, e acusou a polícia de ter atropelado dezenas de manifestantes, causando a morte de uma pessoa e ferindo pelo menos 20. Nour, líder do Partido Al-Ghad e candidato às eleições presidenciais de setembro, acusou o presidente do Egito, Hosni Mubarak, de participação neste "ato de terrorismo".

De acordo com Nour, um carro da polícia acelerou na direção de um simpatizante que tentava cumprimentá-lo, no mesmo momento em que cerca de 140 partidários chegavam em três ônibus a Sharqiya, 80 quilômetros a nordeste do Cairo. Nour citou fontes na polícia ao informar que um dos mais de 20 simpatizantes feridos no episódio morreu mais tarde, no hospital.

Sob condição de anonimato, uma fonte policial disse à Associated Press que um carro da polícia realmente atropelou e matou um homem ontem, mas alegou que a vítima passeava com sua família no momento do acidente e negou que se tratasse de um simpatizante de Nour.

Partidários de Nour denunciaram que uma multidão enfurecida atacou o comboio dos manifestantes com paus, pedras e vidros cheios de ácido. Houve disparos para o alto. "Esses atos bárbaros e terroristas provam que o regime egípcio não pode tolerar partidos ativos de oposição e não tem a real intenção de construir uma real democracia nem de conduzir eleições livres", disse Nour.

Policiais disseram que os moradores de Sharqiya atacaram o comboio de Nour por supostamente estarem incomodados com sua presença na cidade e comentaram que o líder oposicionista teria sido "aconselhado" a cancelar sua visita.





Fonte: AP

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