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Frutas e manufaturados de MT começam a ganhar o mercado exterior
Apesar do fundamento no setor primário das exportações e da falta de logística, Mato Grosso ainda tem largo potencial para diversificar vendas externas em segmentos como avicultura, suinocultura, frutas, bebidas e manufaturados, alguns, em pequenos negócios.
Essa visão foi explanada, na manhã desta sexta-feira (06.05), pelo secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan, na abertura do “Seminário de Comércio Exterior - Novas Estratégias para Mato Grosso”, que segue durante todo dia, no Paiaguás Palace Hotel. O encontro tem a finalidade de discutir e fomentar a descoberta de potencialidades de exportações e o apoio ao comércio de mercadorias.
A diversificação da pauta exportadora, perseguida anos por empresários, instituições e participantes do processo, é o caminho natural, relata Furlan. E há sinais nessa direção, como é o caso de empresas mato-grossenses que ganham espaço em outros países, com comercialização de refrigerantes para o Mercosul, caso da Marajá; torres de transmissão, como a Bimetal; e transformadores, como a Trael Ltda. Porém, calcula em cinco ou 10 anos, avanço na venda de carnes.
Para ilustrar quanto a logística é importante para o setor, o secretário informou que empresários e o governo do Chile compraram um aeroporto, nos arredores de Paris, a fim de dar agilidade para 80 toneladas a 100 toneladas, que atravessam o Atlântico por semana, e chegam aos consumidores em três dias. As frutas são colhidas na sexta-feira, embarcadas no sábado e no domingo desembarcam na Europa. Na segunda-feira, o produto está nas redes de supermercados.
“Temos um mercado reprimido para exportação de fruta, há uma Europa enorme para consumir. Em Mato Grosso, tem muita gente plantando manga, abacaxi, caju, coco. É colocar na embalagem tetrapark e temos como exportar”, disse sobre o foco de pequenos empreendimentos, setor crescente com presença nas vendas externas, mas que ainda representa pouco.
As micro e pequenas empresas, estima, é o viés para a diversificação de exportações. O secretário explicou que na Itália, há 200 mil empresas desse porte que vendem para fora do país, ou 60% do total. No Brasil, afirma, o patamar de participação é de 10%.
O secretário Furlan afirmou que o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse que em 2004 mil empresas se incorporaram ao comércio exterior, e que dessas, 900 foram pequenas empresas, volume creditado às facilitações implementadas.
BUROCRACIA – Segundo o secretário, atualmente existe no Brasil uma batalha constante para que os procedimentos das exportações sejam desburocratizados. NO entanto, entre normas de comércio exterior que regulamentam exportações e importações, o secretário Furlan enumerou 3.908 documentos, alguns sobrepostos. Do total, 1.206 são portarias ministeriais e 610 decretos.
O embaraço de documentos inclui ainda leis, atos declaratórios, cartas-circulares, comunicados, instruções e resoluções, nos âmbitos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Ministério da Saúde, da Presidência da República e de documentos conjuntos de bloco de países.
O coordenador-geral do Programa de Apoio à Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Nunes, disse que seminários como o desta sexta-feira (06.05) é um elo de disseminação da cultura exportadora, tema da sua palestra, porque deles participam estudantes, empresários e operadores do segmento.
“Já houve desburocratização de instituições para facilitar a entrada dos pequenos na exportação, mas esse empresário precisa buscar as informações para exportar. Fizemos isso aqui em Mato Grosso, com seminário em 98, repetimos em 2001 e agora este ano”, disse. Nunes foi outro palestrante da manhã no seminário.
O presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Nereu Pasini, presente na abertura do seminário, disse que seminários como o realizado nesta sexta-feira foi fundamental para ele e outros empresários do setor madeireiro aprenderem e terem meios para buscar informações sobre comércio exterior e mercados consumidores.
“Há vinte anos não sabíamos para que servia a madeira. Começamos com o mercado interno, aprendemos com nossa participação em seminários e palestras de assuntos de exportação. Fomos um dos pioneiros a abri exportação no setor”, comemora.
PARTICIPAÇÃO NAS EXPORTAÇÕES – Como décimo estado exportador brasileiro, Mato Grosso vendeu ao exterior US$ 3,102 bilhões no ano passado. De acordo com Furlan, no ano passado, o Estado representou 3% da exportação brasileira, mas contribuiu com 7% do superávit comercial do Brasil, do total de US$ 34 bilhões, devido ao saldo da soja e carnes.
Nunes, do Ministério do Desenvolvimento, reforçou a concentração das exportações de Mato Grosso e do Brasil na agropecuária, onde 25 produtos representam 55% de tudo o que o país exporta. Mercadorias centralizadas em sete países, como principais destinos.
“Com a queda do embargo da Rússia à carne brasileira, vamos crescer a venda de carne bovina, suína e de frango. Estamos com produtos de maior valor agregado, como madeira perfilada, serrada e laminada. Já tem gente exportando produtos artesanais e derivados da madeira”, enumera Furlan o potencial de exportação identificado por empresários de Mato Grosso. Mesmo assim, diz, o Estado vai continuar a ter seu desempenho de comércio em commodities. Em 2004, por exemplo, a soja foi responsável por 84% das nossas exportações.
Em dez anos, Mato Grosso teve crescimento médio de 30% ao ano em exportações. Comparado o ritmo de embarques entre 2004 e 2003, o crescimento atingiu cerca de 42%. No primeiro trimestre deste ano, houve 11% de incremento nas exportações, em relação a igual período do ano passado.
Além das palestras de Furlan e Sérgio Nunes, o seminário tem ainda outras quatro palestras ao longo do dia: “Logística de transportes”, com o secretário Luiz Antônio Pagot; “O papel do Sebrae junto às micro e pequenas empresas”, com a diretora da insttuição, Leide Katayama; “Câmbio no Comércio Exterior”, com o gerente de Negócios Internacionais do Banco do Brasil, Carlos Alberto Callejas; Perfil das Indústrias Exportadoras e MTComex, com o presidente da Fiemt, Nereu Pasini; e “Modalidades de Exportação e Importação”, proferida pelo diretor do Porto Seco Cuiabá, Francisco Antônio de Almeida.
O seminário é uma realização do Governo de Mato Grosso, via Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com parceria do Sebrae, Fiemt, Correios, Banco do Brasil, Porto Seco e o Centro de Comércio Exterior de Mato Grosso (MTComex). Cerca de 200 pessoas participam do seminário, a maioria estudantes das universidades de Mato Grosso.
Essa visão foi explanada, na manhã desta sexta-feira (06.05), pelo secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan, na abertura do “Seminário de Comércio Exterior - Novas Estratégias para Mato Grosso”, que segue durante todo dia, no Paiaguás Palace Hotel. O encontro tem a finalidade de discutir e fomentar a descoberta de potencialidades de exportações e o apoio ao comércio de mercadorias.
A diversificação da pauta exportadora, perseguida anos por empresários, instituições e participantes do processo, é o caminho natural, relata Furlan. E há sinais nessa direção, como é o caso de empresas mato-grossenses que ganham espaço em outros países, com comercialização de refrigerantes para o Mercosul, caso da Marajá; torres de transmissão, como a Bimetal; e transformadores, como a Trael Ltda. Porém, calcula em cinco ou 10 anos, avanço na venda de carnes.
Para ilustrar quanto a logística é importante para o setor, o secretário informou que empresários e o governo do Chile compraram um aeroporto, nos arredores de Paris, a fim de dar agilidade para 80 toneladas a 100 toneladas, que atravessam o Atlântico por semana, e chegam aos consumidores em três dias. As frutas são colhidas na sexta-feira, embarcadas no sábado e no domingo desembarcam na Europa. Na segunda-feira, o produto está nas redes de supermercados.
“Temos um mercado reprimido para exportação de fruta, há uma Europa enorme para consumir. Em Mato Grosso, tem muita gente plantando manga, abacaxi, caju, coco. É colocar na embalagem tetrapark e temos como exportar”, disse sobre o foco de pequenos empreendimentos, setor crescente com presença nas vendas externas, mas que ainda representa pouco.
As micro e pequenas empresas, estima, é o viés para a diversificação de exportações. O secretário explicou que na Itália, há 200 mil empresas desse porte que vendem para fora do país, ou 60% do total. No Brasil, afirma, o patamar de participação é de 10%.
O secretário Furlan afirmou que o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse que em 2004 mil empresas se incorporaram ao comércio exterior, e que dessas, 900 foram pequenas empresas, volume creditado às facilitações implementadas.
BUROCRACIA – Segundo o secretário, atualmente existe no Brasil uma batalha constante para que os procedimentos das exportações sejam desburocratizados. NO entanto, entre normas de comércio exterior que regulamentam exportações e importações, o secretário Furlan enumerou 3.908 documentos, alguns sobrepostos. Do total, 1.206 são portarias ministeriais e 610 decretos.
O embaraço de documentos inclui ainda leis, atos declaratórios, cartas-circulares, comunicados, instruções e resoluções, nos âmbitos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Ministério da Saúde, da Presidência da República e de documentos conjuntos de bloco de países.
O coordenador-geral do Programa de Apoio à Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Nunes, disse que seminários como o desta sexta-feira (06.05) é um elo de disseminação da cultura exportadora, tema da sua palestra, porque deles participam estudantes, empresários e operadores do segmento.
“Já houve desburocratização de instituições para facilitar a entrada dos pequenos na exportação, mas esse empresário precisa buscar as informações para exportar. Fizemos isso aqui em Mato Grosso, com seminário em 98, repetimos em 2001 e agora este ano”, disse. Nunes foi outro palestrante da manhã no seminário.
O presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Nereu Pasini, presente na abertura do seminário, disse que seminários como o realizado nesta sexta-feira foi fundamental para ele e outros empresários do setor madeireiro aprenderem e terem meios para buscar informações sobre comércio exterior e mercados consumidores.
“Há vinte anos não sabíamos para que servia a madeira. Começamos com o mercado interno, aprendemos com nossa participação em seminários e palestras de assuntos de exportação. Fomos um dos pioneiros a abri exportação no setor”, comemora.
PARTICIPAÇÃO NAS EXPORTAÇÕES – Como décimo estado exportador brasileiro, Mato Grosso vendeu ao exterior US$ 3,102 bilhões no ano passado. De acordo com Furlan, no ano passado, o Estado representou 3% da exportação brasileira, mas contribuiu com 7% do superávit comercial do Brasil, do total de US$ 34 bilhões, devido ao saldo da soja e carnes.
Nunes, do Ministério do Desenvolvimento, reforçou a concentração das exportações de Mato Grosso e do Brasil na agropecuária, onde 25 produtos representam 55% de tudo o que o país exporta. Mercadorias centralizadas em sete países, como principais destinos.
“Com a queda do embargo da Rússia à carne brasileira, vamos crescer a venda de carne bovina, suína e de frango. Estamos com produtos de maior valor agregado, como madeira perfilada, serrada e laminada. Já tem gente exportando produtos artesanais e derivados da madeira”, enumera Furlan o potencial de exportação identificado por empresários de Mato Grosso. Mesmo assim, diz, o Estado vai continuar a ter seu desempenho de comércio em commodities. Em 2004, por exemplo, a soja foi responsável por 84% das nossas exportações.
Em dez anos, Mato Grosso teve crescimento médio de 30% ao ano em exportações. Comparado o ritmo de embarques entre 2004 e 2003, o crescimento atingiu cerca de 42%. No primeiro trimestre deste ano, houve 11% de incremento nas exportações, em relação a igual período do ano passado.
Além das palestras de Furlan e Sérgio Nunes, o seminário tem ainda outras quatro palestras ao longo do dia: “Logística de transportes”, com o secretário Luiz Antônio Pagot; “O papel do Sebrae junto às micro e pequenas empresas”, com a diretora da insttuição, Leide Katayama; “Câmbio no Comércio Exterior”, com o gerente de Negócios Internacionais do Banco do Brasil, Carlos Alberto Callejas; Perfil das Indústrias Exportadoras e MTComex, com o presidente da Fiemt, Nereu Pasini; e “Modalidades de Exportação e Importação”, proferida pelo diretor do Porto Seco Cuiabá, Francisco Antônio de Almeida.
O seminário é uma realização do Governo de Mato Grosso, via Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com parceria do Sebrae, Fiemt, Correios, Banco do Brasil, Porto Seco e o Centro de Comércio Exterior de Mato Grosso (MTComex). Cerca de 200 pessoas participam do seminário, a maioria estudantes das universidades de Mato Grosso.
Fonte:
Secom - MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/341062/visualizar/
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