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Sexta - 06 de Maio de 2005 às 15:47
Por: ALINE CHAGAS

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A greve dos motoristas e cobradores de ônibus está suspensa até a zero hora de segunda-feira. Em assembléia ontem à tarde, a categoria votou pela suspensão da paralisação por causa das comemorações pelo Dia das Mães. Na segunda, os motoristas e cobradores retomam a paralisação e colocam nas ruas apenas frota mínima exigida por nova liminar do Tribunal Regional do Trabalho: 60% em horário de pico de segunda a sábado e 30% nos outros horários, domingos e feriados.

“Entendemos que precisamos ser mais flexíveis. Essa é uma forma de premiar a população na véspera do Dia das Mães”, explicou o presidente do Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestre de Cuiabá e Várzea Grande, Ledevino da Conceição.

Ontem à tarde o juiz trabalhista Osmair Couto despachou decisão que amplia o percentual da frota mínima de 30% para 60% nos horários de pico de segunda a sábado. A decisão foi tomada a partir de uma medida cautelar protocolada na segunda-feira pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Mato Grosso (STU).

Essa liminar revoga, em parte, a decisão da vice-presidente do TRT, juíza Maria Berenice Carvalho Castro Souza, que tinha estipulado 30% de frota mínima nas ruas durante todo o dia. Na decisão, o juiz Osmair Couto explicou que a atividade de transporte público é essencial e não pode ser suspensa. Outra justificativa para o aumento na frota mínima é a proximidade do Dia das Mães, “data em que se aquecem as vendas no comércio”.

O juiz afirmou que para chegar a essa decisão usou como precedente os parâmetros fixados na ação preparatória ao dissídio de greve no ano passado entre Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes e Sindicato Patronal, quando foram fixados as 60% de frota mínima no horário de pico pelo relator juiz Guilherme Bastos.

Na decisão, o juiz Osmair Couto manteve a multa de R$ 5 mil diários e autorização de uso da força policial no caso dos trabalhadores não respeitarem o determinado pela Justiça. Para minimizar os transtornos da greve, a prefeitura de Cuiabá autorizou vans escolares e táxis a trabalharem como lotação.

Hoje completam cinco dias de paralisação, sem acordo entre empresários e funcionários. Na quarta-feira à tarde o STU ajuizou dissídio coletivo no TRT. O sindicato patronal alega que a paralisação é abusiva e pede que sejam julgadas as propostas rejeitadas em assembléia. Desde o primeiro dia de negociação, o STU oferece o reajuste de 6% no salário.

Em contrapartida, os representantes do sindicato dos trabalhadores diz que não aceita o reajuste porque não está protestando por aumento no salário, mas sim por melhorias no trabalho e pela redução da carga horária de 7h20 para 6 horas. “Já abrimos mão de tudo que era possível”, falou Ledevino.





Fonte: Diário de Cuiabá

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