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Tony Blair garante maioria para terceiro mandato
Os trabalhistas do primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, ganharam por maioria absoluta um histórico terceiro mandato consecutivo de governo nas eleições gerais celebradas esta quinta-feira no Reino Unido.
Blair assegurou formar um novo governo ao ser confirmado, às 4h28 (0h28 de Brasília) desta sexta-feira, que o Partido Trabalhista somou 324 deputados na Câmara dos Comuns, o que lhe garante a maioria absoluta de um Parlamento formado por 646 deputados.
Por volta das 9h de sexta-feira (5h de Brasília), as apurações indicavam 353 vagas para os trabalhistas, frente às 194 do Partido Conservador, 59 para os Liberal-Democratas e 12 para outras legendas. Na Irlanda do Norte, a contagem começou somente por volta das 9h (5h de Brasília) desta sexta-feira.
Na legislatura anterior, a formação de Tony Blair teve uma larga maioria de 161 deputados da qual não desfrutará nesta ocasião, ainda que os resultados definitivos não tenham sido anunciados.
Depois de confirmar a maioria no Parlamento, Blair prometeu a seus simpatizantes nesta sexta-feira que "escutará as pessoas" e responderá "de forma sábia" à mensagem delas, que foi de fato a diminuição no número de trabalhistas eleitos, sobretudo pela antipatia da população quanto à guerra do Iraque.
Em um discurso perante entusiastas correligionários trabalhistas em Londres, o primeiro-ministro reeleito se mostrou exultante por conseguir um histórico terceiro mandato consecutivo para o Partido Trabalhista, uma conquista que classificou de "extraordinária".
"As pessoas disseram que querem seguir com um Governo trabalhista e não voltar à era dos conservadores", afirmou o primeiro-ministro entre os gritos e aplausos do público que enchia o Museu onde discursou.
Blair, primeiro-ministro do Reino Unido desde 1997, lembrou que há anos muita gente achava que os trabalhistas não poderiam voltar a governar mas "conseguimos muito, estamos muito orgulhosos do que conseguimos e também decididos a fazer mais nos próximos anos".
O primeiro-ministro insistiu que o Trabalhismo seguirá sendo um partido de "solidariedade e justiça social", e agradeceu às bases por seu "extraordinário" trabalho durante a campanha que, segundo admitiu, foi "dura".
"Nos encarregaram de voltarmos a governar este país de novo. Sim, há bons companheiros que caíram, mas também outros resultados extraordinários nas eleições desta noite", afirmou Blair, enquanto as pessoas gritavam sem descanso: "Mais quatro anos".
Na metade da manhã está previsto que o líder trabalhista visite no Palácio de Buckingham a rainha Elizabeth II, que o encarregará da tarefa de formar o governo. Conservadores admitem derrota
Pouco antes do discurso vitorioso de Blair, o líder do derrotado Partido Conservador, Michael Howard, ofereceu sua colaboração ao primeiro-ministro, após reconhecer que o Partido Trabalhista ganhou as eleições gerais.
"Acho que chegou para ele (Blair) a hora de cumprir" suas promessas, afirmou Howard, que foi reeleito em sua circunscrição eleitoral de Folkestone e Hythe (sul da Inglaterra).
No entanto, Howard advertiu que formará uma "oposição forte" na próxima legislatura e afirmou que as eleições representam um "verdadeiro avanço" para a "recuperação" de seu partido.
Pelo tom de suas declarações, não deu a impressão de que o chefe "torie" vá se demitir em breve, apesar de seu partido estar na oposição desde 1997.
Mea-culpa
Antes de garantir o cargo de premiê pela terceira vez seguida, Tony Blair foi reeleito deputado pela circunscrição de Sedgefield (norte da Inglaterra), que representa desde 1983. Ainda na quinta-feira, Blair admitiu, em tom humilde, as "divisões" criadas pela guerra do Iraque.
"Não está claro por enquanto, obviamente, qual será a maioria, mas está claro que o povo britânico quer que o Governo trabalhista continue, com uma maioria reduzida, e temos que responder a isso de maneira responsável e sábia", declarou Blair.
"Devemos unir-nos de novo, aqui e ali, e olhar para o futuro", apontou o chefe do governo após referir-se à guerra do Iraque como um assunto que causou "divisões" entre a população britânica.
Blair foi reeleito confortavelmente deputado por Sedgefield por mais ou menos 24.500 votos, um apoio de 58,89% contra os 65% das eleições de 2001, embora tenha aumentado sua maioria frente ao restante dos partidos.
O candidato contra Blair foi o pai de um policial militar morto no Iraque, Reg Keys, que conseguiu somar 4.252 votos com sua mensagem contra a guerra.
"Temos que sentir-nos muito orgulhosos do que conseguimos", indicou o chefe do Executivo, que dentro de algumas horas receberá o mandato de formar Governo por parte da rainha Elizabeth II.
É a primeira vez nos 105 anos de história do Partido Trabalhista que ele chega a um terceiro mandato consecutivo, no qual Blair pode superar a "Dama de ferro", a conservadora Margaret Thatcher (1979-1990), que esteve por onze anos no poder.
Nas eleições desta quinta-feira, não houve grandes surpresas, já que os líderes dos principais partidos, o conservador Michael Howard, e o liberal-democrata Charles Kennedy mantiveram suas cadeiras.
Blair assegurou formar um novo governo ao ser confirmado, às 4h28 (0h28 de Brasília) desta sexta-feira, que o Partido Trabalhista somou 324 deputados na Câmara dos Comuns, o que lhe garante a maioria absoluta de um Parlamento formado por 646 deputados.
Por volta das 9h de sexta-feira (5h de Brasília), as apurações indicavam 353 vagas para os trabalhistas, frente às 194 do Partido Conservador, 59 para os Liberal-Democratas e 12 para outras legendas. Na Irlanda do Norte, a contagem começou somente por volta das 9h (5h de Brasília) desta sexta-feira.
Na legislatura anterior, a formação de Tony Blair teve uma larga maioria de 161 deputados da qual não desfrutará nesta ocasião, ainda que os resultados definitivos não tenham sido anunciados.
Depois de confirmar a maioria no Parlamento, Blair prometeu a seus simpatizantes nesta sexta-feira que "escutará as pessoas" e responderá "de forma sábia" à mensagem delas, que foi de fato a diminuição no número de trabalhistas eleitos, sobretudo pela antipatia da população quanto à guerra do Iraque.
Em um discurso perante entusiastas correligionários trabalhistas em Londres, o primeiro-ministro reeleito se mostrou exultante por conseguir um histórico terceiro mandato consecutivo para o Partido Trabalhista, uma conquista que classificou de "extraordinária".
"As pessoas disseram que querem seguir com um Governo trabalhista e não voltar à era dos conservadores", afirmou o primeiro-ministro entre os gritos e aplausos do público que enchia o Museu onde discursou.
Blair, primeiro-ministro do Reino Unido desde 1997, lembrou que há anos muita gente achava que os trabalhistas não poderiam voltar a governar mas "conseguimos muito, estamos muito orgulhosos do que conseguimos e também decididos a fazer mais nos próximos anos".
O primeiro-ministro insistiu que o Trabalhismo seguirá sendo um partido de "solidariedade e justiça social", e agradeceu às bases por seu "extraordinário" trabalho durante a campanha que, segundo admitiu, foi "dura".
"Nos encarregaram de voltarmos a governar este país de novo. Sim, há bons companheiros que caíram, mas também outros resultados extraordinários nas eleições desta noite", afirmou Blair, enquanto as pessoas gritavam sem descanso: "Mais quatro anos".
Na metade da manhã está previsto que o líder trabalhista visite no Palácio de Buckingham a rainha Elizabeth II, que o encarregará da tarefa de formar o governo. Conservadores admitem derrota
Pouco antes do discurso vitorioso de Blair, o líder do derrotado Partido Conservador, Michael Howard, ofereceu sua colaboração ao primeiro-ministro, após reconhecer que o Partido Trabalhista ganhou as eleições gerais.
"Acho que chegou para ele (Blair) a hora de cumprir" suas promessas, afirmou Howard, que foi reeleito em sua circunscrição eleitoral de Folkestone e Hythe (sul da Inglaterra).
No entanto, Howard advertiu que formará uma "oposição forte" na próxima legislatura e afirmou que as eleições representam um "verdadeiro avanço" para a "recuperação" de seu partido.
Pelo tom de suas declarações, não deu a impressão de que o chefe "torie" vá se demitir em breve, apesar de seu partido estar na oposição desde 1997.
Mea-culpa
Antes de garantir o cargo de premiê pela terceira vez seguida, Tony Blair foi reeleito deputado pela circunscrição de Sedgefield (norte da Inglaterra), que representa desde 1983. Ainda na quinta-feira, Blair admitiu, em tom humilde, as "divisões" criadas pela guerra do Iraque.
"Não está claro por enquanto, obviamente, qual será a maioria, mas está claro que o povo britânico quer que o Governo trabalhista continue, com uma maioria reduzida, e temos que responder a isso de maneira responsável e sábia", declarou Blair.
"Devemos unir-nos de novo, aqui e ali, e olhar para o futuro", apontou o chefe do governo após referir-se à guerra do Iraque como um assunto que causou "divisões" entre a população britânica.
Blair foi reeleito confortavelmente deputado por Sedgefield por mais ou menos 24.500 votos, um apoio de 58,89% contra os 65% das eleições de 2001, embora tenha aumentado sua maioria frente ao restante dos partidos.
O candidato contra Blair foi o pai de um policial militar morto no Iraque, Reg Keys, que conseguiu somar 4.252 votos com sua mensagem contra a guerra.
"Temos que sentir-nos muito orgulhosos do que conseguimos", indicou o chefe do Executivo, que dentro de algumas horas receberá o mandato de formar Governo por parte da rainha Elizabeth II.
É a primeira vez nos 105 anos de história do Partido Trabalhista que ele chega a um terceiro mandato consecutivo, no qual Blair pode superar a "Dama de ferro", a conservadora Margaret Thatcher (1979-1990), que esteve por onze anos no poder.
Nas eleições desta quinta-feira, não houve grandes surpresas, já que os líderes dos principais partidos, o conservador Michael Howard, e o liberal-democrata Charles Kennedy mantiveram suas cadeiras.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/341183/visualizar/
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