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Nacional
Quinta - 05 de Maio de 2005 às 17:33
Por: Keite Camacho

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Brasília - Uma reunião entre diplomatas e acadêmicos no Ministério de Relações Exteriores (MRE) discutiu hoje (05) a criação de uma biblioteca básica entre a América do Sul e os Países Árabes. O encontro é preparatório para um simpósio, previsto para acontecer no segundo semestre deste ano, que tratará de questões mais práticas, como a localização da biblioteca, os títulos, capítulos e temas a serem traduzidos, além da busca por editoras interessadas no projeto.

"Queremos uma biblioteca com um selo, a participação de editoras nacionais e que haja uma distribuição comercial, mas que os livros não tenham preço elevado", afirmou a embaixadora Vera Pedrosa, subsecretária geral de política do MRE. Segundo ela, o projeto é uma iniciativa da organização da Cúpula dos chefes de estado árabes e sul-americanos, que acontece na próxima semana.

A idéia é dar à biblioteca o nome de Casa da Sabedoria, em alusão àquela instalada em Bagdá, no século IX. "Ela foi uma inspiração para os organizadores do projeto, que escolheram este título porque foi um dos grandes motores da transformação intelectual da Europa, no século IX", disse Vera Pedrosa.

De acordo com a embaixadora, a instituição reintroduziu no ocidente todo um pensamento da Grécia Antiga, que havia se perdido e que foi resgatado com as traduções árabes.

Ela lembrou ainda que, apesar dos laços estreitos entre os povos, criados a partir das correntes migratórias do século XIX, ainda existe um desconhecimento cultural mútuo, entre árabes e sul-americanos, que se pretende remediar com a criação da biblioteca.

Para a embaixadora Heloísa Vilhena, diretora do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), a "idéia é estimular a cooperação, divulgação de obras e de informações sobre os vários países árabes na América do Sul e da América do Sul nos países árabes".

"A biblioteca se destina especialmente a estimular o conhecimento mútuo das duas regiões. Fazendo traduções de obras fundamentais para o conhecimento das duas regiões, do árabe para espanhol e português e do português e espanhol para o árabe, você torna disponível material informativo sobre outras regiões."

Segundo Heloísa Vilhena, quanto mais os países se conhecerem, melhor. "Sempre se cria um ambiente de amizade, de aproximação, e é isso o que a gente quer".





Fonte: Agência Brasil

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